Neste sábado (22), será realizada a VI Conferência para Promoção da Igualdade Racial, na sede do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), em Juiz de Fora, destinada aos inscritos no evento. O tema das discussões é “Igualdade e Democracia, Reparação e Justiça Racial”.
A cerimônia de abertura ocorreu nesta sexta-feira (21), no Teatro Paschoal Carlos Magno, e contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
Durante a coletiva de imprensa, a ministra destacou a importância das conferências para o avanço da luta da população negra, além do papel do movimento em Juiz de Fora.
“Juiz de Fora sempre esteve ativa na luta do movimento negro, com diversas atividades marcantes ao longo do ano, seja na cultura, na educação ou na articulação política dentro das comunidades. A cidade é reconhecida em Minas Gerais pela força do seu movimento negro cultural. Essa mobilização é fundamental para influenciar políticas públicas. A Lei de Cotas, por exemplo, foi um sonho do movimento negro, debatida em conferências sobre igualdade racial em todo o Brasil. O Estatuto da Igualdade Racial também surgiu dessa luta, transformando-se em uma legislação essencial”, explicou.
O professor doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Babalaô Ivanir dos Santos, também integra a programação da conferência, abordando o tema da intolerância religiosa.
Ele ressaltou a importância de realizar o evento no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. “Em Minas Gerais, a intolerância não afeta apenas as religiões de matriz africana. A Congada, igrejas e outras tradições culturais, como a Filha do Rei e as escolas de samba, também sofrem ataques. Por isso, é essencial que a cidade debata o tema com seriedade, buscando uma solução democrática e respeitosa à diversidade.”