A Unidade de Terapia Intensiva da Casa de Caridade Leopoldinense foi desinterditada pela Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, na Zona da Mata. A restrição do atendimento foi um desdobramento do impacto da operação Onipresença, do Ministério Público de Minas Gerais, que constatou irregularidades realizadas por médicos anestesistas, sendo que alguns chegaram a ser presos
Nas redes sociais, o prefeito de Leopoldina, Pedro Augusto Junqueira (PL), explicou que foram apresentadas todas as escalas médicas exigidas, garantindo a cobertura dos plantões de anestesia e obstetrícia na rede de urgência e emergência.
“A partir de agora, ele volta a operar de forma regular para Leopoldina e para toda a região. Estamos funcionando com todas as escalas médicas exigidas. Toda a nossa rede de urgências e emergência tem todos os médicos exigidos e com isso, a Casa de Caridade Leopoldinense está funcionando a todo vapor”, afirmou.,
Operação Onipresença
A operação deflagrada em dezembro foi resultado da investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional da Zona da Mata – unidade de Visconde do Rio Branco, em conjunto com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e com a Promotoria da Saúde de Leopoldina.
O Ministério Público apura a possível existência de uma associação criminosa composta por profissionais integrantes do corpo clínico e da administração do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, causadora de riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos na entidade hospitalar, conveniada ao SUS.
Na primeira fase, quatro médicos anestesistas que trabalhavam em Leopoldina chegaram a ser presos. Os profissionais são acusados de cumprir plantões em outras cidades, como Além Paraíba e Muriaé, no mesmo horário em que deveriam atender pacientes do SUS em Leopoldina. Na segunda etapa, foi presa uma médica suspeita de ser uma das líderes de associação criminosa.
Desde 17 de dezembro, a Prefeitura de Leopoldina realiza intervenção administrativa na Casa de Caridade Leopoldinense, com respaldo do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), para é assegurar o pleno funcionamento do hospital sem alterar a rotina de atendimento à população.
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