Isaquias Queiroz, de 30 anos, planeja disputar mais uma Olimpíada. O brasileiro, dono de cinco medalhas olímpicas na carreira, planeja se aposentar depois da participação nos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. O atleta falou sobre legado para a canoagem ‘pós Isaquias’.
“A garotada está treinando comigo em Lagoa Santa. Quando eu posso, converso com eles. Quando estou na água, cobro deles. Eu não quero que a canoagem seja só Isaquias. Quando eu parar, acabou a canoagem. Não. Quando eu parar, quero que outra garotada chegue no resultado que eu tive, ganhe Mundial, Copa do Mundo, Olimpíada”, disse à Itatiaia.
Isaquias citou nomes que podem aparecer como ‘herdeiros’ na modalidade. Mateus Nunes conquistou três medalhas de ouro no Mundial Júnior de canoagem em julho deste ano. Lucas Espírito Santo também conquistou medalha.
“Tem o Mateus (Nunes), que ganhou medalha no Mundial Júnior. Tem o Lucas (Espírito Santo), que é categoria cadete, remou na júnior e ganhou medalha. Tem vários atletas em Lagoa Santa, na Bahia, que estão evoluindo bastante. Espero que o restante do Brasil também criar mais atletas. Quando eu parar, a modalidade não pode morrer”, finalizou.
Um dos maiores da história
Isaquias Queiroz é um dos maiores atletas do Brasil em Jogos Olímpicos. A medalha de prata em Paris na prova C-1 1000m foi a quinta na carreira do canoísta.
O atleta tem uma medalha de ouro na mesma prova, disputada em Tóquio 2020. No Rio de Janeiro, em 2016, se tornou o único brasileiro a conseguir três medalhas na mesma Olimpíada: prata no C-1 1000m e C-2 1000m, além do bronze no C-1 200m.
A ginasta Rebeca Andrade é a maior medalhista da história do Brasil. No total, a paulista conquistou seis medalhas em duas participações olímpicas.
Com cinco medalhas cada, os velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata e dois bronzes) estão ao lado de Isaquias na segunda posição.
O ‘pódio’ ainda tem Gustavo Borges (Natação) e Serginho (vôlei). Os dois somam quatro medalhas olímpicas.