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Paris 2024: por que brasileiros decidiram não treinar no rio Sena antes de prova

Ana Marcela Cunha, Viviane Jungblut e Guilherme Costa realizaram treino em piscina

Enviado especial a Paris - Após adiamento causado pela má qualidade da água, os atletas que disputarão a maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Paris puderam mergulhar no rio Sena para treinamentos nesta quarta-feira (7). No entanto, os três atletas brasileiros classificados para as provas foram ausências.

Ana Marcela Cunha, Viviane Jungblut e Guilherme Costa, o Cachorrão, fizeram atividades em piscina. De acordo com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a decisão já era programada e não tem a ver com risco de contaminação pela poluição na água.

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De acordo com comunicado publicado nesta quarta-feira pela organização dos Jogos Olímpicos de Paris, testes feitos na última madrugada mostraram que a qualidade da água do Sena voltou a ser ideal para receber os atletas. Mesmo assim, há incerteza entre atletas e membros de delegações sobre condição do rio.

A maratona aquática feminina, que terá Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut como representantes do Brasil, está marcada para às 2h30 (de Brasília) desta quinta-feira (8). A disputa entre os homens, que terá Guilherme Costa, será na sexta-feira (9), no mesmo horário.

Poluição no Sena

A equipe da Bélgica não disputou o Triatlo Misto nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A desistência belga ocorreu porque uma das atletas da equipe, Claire Michel, ficou hospitalizada. A atleta foi infectada pela bactéria E.coli, que ocorre através de água ou alimentos contaminados e pode causar problemas estomacais e intestinais.

A também belga Jolien Vermeylen detonou a qualidade da água no Rio Sena. A atleta disputou a prova do triatlo feminino e terminou na 24ª posição.

“Enquanto nadava sob a ponte, senti e vi coisas nas quais não deveríamos pensar muito. O Sena está sujo há cem anos, então eles não podem dizer que a segurança dos atletas é prioridade. Isso é besteira”, disse em entrevista ao jornal britânico The Sun.

Foram gastos mais de R$ 8 bilhões para que o Sena voltasse a se tornar próprio para banho após mais de 100 anos. A cada dia, são realizados testes para a detecção de poluição e bactéria. Mesmo após o grande investimento, se vê sujeira na água do rio que corta a capital francesa.


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Hugo Lobão é repórter multimídia do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, passou por Hoje Em Dia, Record e Globo Esporte. Amante de esportes olímpicos.
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