Depois de um 2024 intenso com histórica participação nas Olimpíadas em Paris, Rebeca Andrade planeja ‘calmaria’ para o começo de 2025. Em entrevista exclusiva à Itatiaia, a ginasta revelou como pretende encarar o ano que marca o início de um novo ciclo olímpico.
Rebeca afirmou planejar um primeiro semestre ‘mais tranquilo’. No entanto, a ginasta de 25 anos já mirou o primeiro objetivo do ano: o Mundial de Ginástica.
“Bom, esse primeiro semestre vai ser mais tranquilo. É, a gente tá focada mais em cuidar dos nossos corpos, das nossas mentes. É, mas pro segundo semestre a gente tem aí o Mundial, que apesar de não ter a equipe competindo, né? A gente pode competir por aparelhos”, disse.
O Mundial de Ginástica será disputado no mês de outubro, em Jacarta, na Indonésia. A Federação Internacional de Ginástica permitirá que até seis ginastas masculinos e quatro ginastas femininas participem. Cada delegação pode enviar até três atletas para cada aparelho.
“Vai ser um momento de experiência muito importante para as meninas mais novas que estão chegando agora. E pra gente, se a gente também fizer parte, né, dessa ida para esse Mundial, é mais um momento de experiência, de aproveitar mais uma competição de tamanha importância e grandiosidade pra gente”, completou.
Los Angeles 2028
Rebeca Andrade segue com o planejamento de não participar do Solo nos próximos Jogos Olímpicos. A brasileira é a atual campeã olímpica do aparelho. Em Paris-2024, ela desbancou Simone Biles.
A brasileira citou o desgaste no processo de preparação. Rebeca sofreu graves lesões no joelho direito, incluindo três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA). As intervenções cirúrgicas aconteceram em 2015, 2017 e 2019.
“Eu não pretendo fazer solo mais, mas de verdade eu não sei o que vai acontecer, vai depender muito do meu corpo, do quanto eu vou aguentar. São mais quatro anos treinando. Todos esses anos de ginástica me trouxeram muitas coisas boas, eu fui muito feliz fazendo solo, eu sou muito grata de ter finalizado da forma como eu finalizei”, comentou.
De olho no próximo ciclo olímpico, Rebeca exaltou a equipe que tem à disposição, além de destacar a importância do apoio familiar. Ela projetou um ciclo com muito trabalho até a disputa da próxima Olimpíada.
“Eu estou torcendo muito para que seja um ciclo de realizações, de resultados bons, que eu seja muito feliz nesses anos que virão por agora. É, com muito foco, batalhando demais e traçando os meus objetivos, né? Meus planos e tudo mais. para poder realizar tudo sempre com muita alegria e me sentindo sempre muito grata por tudo que eu vivi, o que eu deixei de viver e eu acho que é isso”, disse.