O mistério envolvendo a 777 Partners, detentora de 70% das ações da SAF do Vasco, levanta suspeita por todo o mundo. Agora foi a vez do ‘New York Times’ fazer uma matéria sobre os negócios que envolvem a empresa capitaneada por Josh Wander, a cara mais conhecida do grupo que possui clubes ao redor do mundo e comprou o Everton-ING.
Um dos temas abordados pela publicação também foi o atraso do aporte para o Cruz-Maltino, que deveria ser feito no dia 5 de setembro, uma parcela de cerca de R$ 120 milhões, mas que foi feita apenas na semana passada. A reportagem foi chamada de ‘A Misteriosa empresa com um pé na Premier League’, como alusão a compra do tradicional clube de Liverpool.
“Sem o dinheiro, o Vasco não conseguiu fazer pagamentos pendentes. Como perdeu alguns dos pagamentos, o clube foi proibido de inscrever novos jogadores até que as dívidas fossem pagas”, cita um trecho da matéria, lembrando do Transfer Ban sofrido pelo clube carioca por atraso na parcela da compra dos direitos econômicos de três jogadores.
Josh Wander
A publicação questionou Josh Wander, CEO da 777 Partners, que tem diversos problemas na Justiça e já foi até acusado por tráfico de drogas, além de outras questões e polêmicas que envolvem o misterioso personagem, homem forte da empresa.
“Os registros judiciais revelam outros detalhes sobre o Sr. Wander, sua empresa e dinheiro. Em 2012, o cassino Bellagio processou Wander por não pagar um adiantamento em dinheiro de US$ 54.500. Em março, a American Express foi ao tribunal pedindo US$ 324.000,89 que haviam sido cobrados de um cartão de crédito da 777 Partners. O porta-voz da 777 disse que ambos os assuntos foram resolvidos. Documentos judiciais mostram que o reembolso do Bellagio permaneceu pendente por pelo menos seis anos”, escreve o New York Times.
Agilidade na aquisição de clubes
O material também aborda a gama de clubes que a 777 Partners adquiriu recentemente e em tempo recorde. Com a provável aquisição do Everton, a 777 passará a ter oito clubes pelo planeta. Além do Vasco, a empresa é dona do Genoa (Itália), Red Star (França), Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlin (Alemanha) e Melbourne Victory (Austrália). Possui ainda participação minoritária no Sevilla (Espanha).
“As aquisições ocorreram tão rapidamente que foi difícil acompanhar. Um acordo para comprar o time de futebol mais antigo da Itália. Um investimento em um dos times mais populares do Brasil. Participações em clubes conhecidos na Bélgica e França, Alemanha e Austrália”, diz o artigo.
