A Segunda Comissão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julga nesta terça-feira (12), às 10h (de Brasília), o Sport por causa do atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza. Alguns membros de torcida organizada do clube pernambucano atacaram o veículo no dia 22 de fevereiro, no Recife, após o 1 a 1 pela Copa do Nordeste.
A denúncia da procuradoria foi feita com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD):
- Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir:
- I - desordens em sua praça de desporto;
- § 1º Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial.
O Sport, portanto, se condenado pode ficar sem sua torcida em jogos organizados pela CBF por até dez jogos. Em caso de punição nesta terça-feira (12), o clube poderá recorrer ao Pleno, a última instância do STJD.
Desde 23 de fevereiro, por decisão liminar do presidente do tribunal, José Perdiz, o Sport não pode ter torcedores em seus jogos nacionais como mandante ou visitante. O clube já não teve torcida no Amapá, contra o Trem, pela Copa do Brasil, e no Piauí, frente ao Altos, pelo Nordestão.
O clube alega não ter responsabilidade sobre o ocorrido. O ataque ao ônibus ocorreu na estrada, a 8km da Arena de Pernambuco, onde ocorreu o jogo. Uma bomba e pedras foram arremessadas e seis jogadores ficaram feridos.
O lateral-esquerdo Gonzalo Escobar foi atingido na cabeça por um pedaço maior de estilhaço e chegou a ficar desacordado. Ele ainda não voltou a jogar.
Neste domingo (10), os jogadores do Fortaleza e a comissão técnica entraram em campo contra o Maracanã, na Arena Castelão, na capital cearense, no primeiro jogo semifinal do Campeonato Cearense, com uma camisa estampada com marcas de sangue representando o atentado.
O uniforme utilizado pelos atletas também tinha estampado, nas costas, “1,5 centímetros”. O número faz referência a Escobar, jogador que por muito pouco escapou da morte.
A Polícia Civil de Pernambuco informou, por meio de nota, que o caso segue em investigação pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva. Todas as diligências necessárias para o esclarecimento do fato estão sendo realizadas, tais como tomada de depoimentos e perícias técnicas. As investigações seguirão até o esclarecimento completo dos fatos.
Apesar do relato de que mais de 80 pessoas participaram do ataque, ninguém foi preso. Um homem se apresentou admitindo estar presente no ato, mas foi já havia passado o período do flagrante ele eu depoimento e foi liberado.
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