Fernando Diniz acerta para ser o técnico da Seleção até a chegada de Ancelotti

Ele continuará à frente do Fluminense e conciliará funções até junho de 2024; jogadores do Brasil fizeram lobby por Diniz

Fernando Diniz acertou com a CBF para ser treinador da Seleção Brasileira, até junho de 2024

A CBF acertou com Fernando Diniz para que ele seja o treinador da Seleção Brasileira até junho de 2024. Ele permanecerá no comando do Fluminense, e conciliará as funções, participando dos eventos da Seleção nas Datas-Fifa, quando os campeonatos param. O clube carioca participou de toda a negociação.

A informação foi antecipada pele GE.com, e confirmada pela Itatiaia. A ideia da cúpula da Confederação Brasileira de Futebol é que Diniz fique até a chegada e Carlo Ancelotti, que tem um acordo verbal para comandar a Seleção Brasileira a partir do meio do ano que vem, quando acaba seu contrato com o Real Madrid-ESP. A princípio, Diniz não fará parte da comissão técnica do italiano e seguirá no comando do Fluminense até o fim de 2024, quando termina seu acordo.

O acerto de Diniz teve o aval dos jogadores líderes da Seleção Brasileira, como Casemiro, Neymar, Alisson, Marquinhos e Danilo. E não só isso: alguns do elenco ligaram diretamente a Diniz para animá-lo a aceitar o projeto, mesmo que seja por um ano apenas. O mesmo grupo de atletas já havia dado o aval para que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, esperasse um ano por Ancelotti.

A amigos, o técnico do Fluminense disse que um chamado para a Seleção é uma convocação, por isso é impossível dizer não. Mas todo o processo foi feito com o Fluminense participando, e o treinador fez questão de frisar que seria possível acumular as funções. Algo parecido foi feito em 1998, com Vanderlei Luxemburgo que conciliou o trabalho no Corinthians e na Seleção.

A negociação

Nas últimas semanas diversos nomes foram indicados a Rodrigues para comandar a Seleção até a possível chegada de Ancelotti, como o do ex-treinador do Vasco Mauricio Barbieri. O dirigente, entretanto, queria alguém experiente, que possa fazer a transição sem pressão.

Há até um segundo ponto nessa necessidade de alguém com o perfil de Diniz: há um acerto verbal com Ancelotti, mas nada assinado. Ou seja, enquanto não estiver no papel, sempre pode ocorrer algum imprevisto, e ter um treinador conceituado já no cargo é o ideal caso seja necessário dar sequência se algo der errado no acordo com o italiano.

Não se sabe, ainda, se Diniz comandaria a Seleção na Copa América de 2024, que será nos EUA entre 20 de junho e 14 de julho. O contrato de Ancelotti com o Real Madrid termina em 30 de junho, portanto se os espanhóis não o liberarem antes o italiano não poderá estar à frente do time no torneio. O problema é que ainda não se sabe se o calendário do futebol brasileiro vai parar durante a Copa América, e Diniz teria que estar à frente do Fluminense.

O treinador comandará o Brasil em seis jogos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 (que será nos EUA, México e Canadá), entre setembro e novembro de 2023. E dois amistosos, em março de 2024, um confirmado contra a Espanha e outro que pode ser frente à Alemanha.

Técnico da Seleção Brasileira Sub-20, Ramon Menezes foi o interino da equipe principal nos três jogos realizados em 2023 até agora: a derrota de 2 a 1 para Marrocos, em março, e a vitória sobre Guiné, 4 a 1, e fracasso contra Senegal, 4 a 2, em junho.

Os resultados ruins tiraram a chance de Ramon permanecer como interino, além de que ele deve participar da preparação da Seleção Olímpica (Sub-23) para o Pré-olímpico, que será em janeiro, em sede a ser definida. Dois países da América do Sul se classificarão para a Olimpíada de Paris, que será entre 26 de julho e 11 de agosto do ano que vem.

VEJA OS JOGOS QUE A SELEÇÃO FARÁ COM DINIZ ATÉ ANCELOTTI CHEGAR

  • Setembro de 2023 - Bolívia (casa) e Peru (fora) - Eliminatórias Copa 2026

  • Outubro de 2023 - Venezuela (casa) e Uruguai (fora) - Eliminatórias Copa 2026

  • Novembro de 2023 - Colômbia (fora) e Argentina (casa) - Eliminatórias Copa 2026

  • Março de 2024 - Espanha (Madri) e provavelmente Alemanha - amistosos

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.
Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.

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