Apresentado como novo técnico do
Uma das principais razões para o argentino voltar ao Tricolor foi a paixão que manteve pelo clube.
“A primeira coisa que posso dizer é que o que senti foi sentimento. Quando a diretoria me ligou, eu nem pensei. Era o São Paulo, ponto. Depois veríamos os problemas, como enfrentá-los, como melhorar”.
Crespo também analisou que é um profissional melhor do que era há quatro anos e analisou que o São Paulo também evoluiu no período.
“Se está melhor ou pior, eu acho que está melhor. Mas eu teria vindo mesmo se estivesse pior. Preciso ver o dia a dia, a dinâmica de trabalho, o grupo de jogadores. Para tudo isso, é preciso um pouco de tempo, que hoje eu tenho, mas é tão mínimo nesta temporada que está para começar, que não dá para fazer uma avaliação geral. Tudo indica que sim, que está melhor do que há quatro anos. Isso é certo. Começando por mim. Eu sou melhor do que há quatro anos. Isso eu posso garantir. Agora, para avaliar e dizer se está melhor ou pior, precisamos de tempo. Não podemos esquecer que o futebol é dinâmico e sempre precisa ser melhorado. Sempre”, afirmou.
Próximo da zona do rebaixamento, o São Paulo vive situação complicada no Campeonato Brasileiro. Esse torneio será a prioridade de Hernán Crespo inicialmente.
“Se formos falar em urgência, a urgência é o Brasileirão. É tentar competir e conquistar pontos para viver com mais tranquilidade. Depois, vêm a Copa Libertadores e a Copa do Brasil. São competições de mata-mata, tudo pode acontecer. Mas, digamos assim, a urgência é o Brasileirão”.
Para mim, pessoalmente, acho que o Campeonato Brasileiro é, se não o mais difícil do mundo, está muito perto disso. Porque não existem jogos fáceis, nem fora, nem em casa, é sempre muito difícil. Não há um momento em que se possa olhar a sequência de jogos e dizer: “Ah, esse aqui vai ser mais fácil”. Por isso precisamos focar em nós mesmos, por isso precisamos construir uma identidade própria. Momentos difíceis virão, e se a gente se apoia na nossa identidade, no que acreditamos, fica mais fácil de resolver. Então, vamos encontrar situações difíceis. Se o problema é enfrentar o Flamengo no Maracanã, o Bragantino fora, o Corinthians em casa... estou aqui por isso. Porque eu gosto disso”, concluiu.
O treinador relembrou a primeira passagem pelo clube, em 2021. Ele refletiu sobre as dificuldades enfrentadas, pois o mundo vivia o auge da pandemia da Covid-19.
“O passado foi algo atípico. Desde a Covid, eu me lembro, tivemos 8 meses e nunca tivemos tempo para trabalhar seriamente. Eram muitos jogos, alguns com intervalo de apenas 48 horas. Me lembro de uma partida, a final do Paulistão, num domingo, e na terça-feira já jogamos de novo. Jogamos para passar de fase, e o São Paulo não avançava da fase de grupos havia 8 anos. Só 48 horas depois de ganhar o Paulistão. Isso é atípico e difícil. O presidente pegou Covid, eu peguei Covid. Tudo muito difícil. Avaliar esse período é muito complicado”.
Crespo retorna ao São Paulo
Crespo foi responsável por encerrar um jejum de títulos de nove anos ao comandar o São Paulo na conquista do Campeonato Paulista de 2021, taça que não conquistava desde 2005, superando o rival Palmeiras na final. Na ocasião, o clube não era campeão de qualquer torneio desde 2012.
Na primeira passagem, o treinador teve 53 jogos, 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas.