O desenrolar da temporada fez com que o Flamengo chegasse à reta final de 2024 tendo um objetivo claro: a conquista da Copa do Brasil. O torneio tornou-se a salvação de uma temporada que, até aqui, teve desempenho e resultado irregulares de um time do qual se esperava muito mais.
Conquistar a Copa do Brasil tornou-se a “salvação do ano” em contexto que ultrapassa as quatro linhas. Isso porque o resultado terá impacto no resultado da eleição presidencial em dezembro.
A troca no comando técnico, dias antes da semifinal contra o Corinthians, já teve este peso. A diretoria optou pela saída de Tite, alvo da torcida, para alçar Filipe Luís, ídolo da Nação, ao cargo.
Alto investimento (outra vez)
A reestruturação financeira e administrativa posta em prática desde 2013 fez o Flamengo, com méritos, alcançar o posto de clube mais rico da América do Sul nos últimos anos.
Assim, o investimento na formação do elenco em 2024 acompanhou o patamar das últimas temporadas. Em oito reforços, a diretoria gastou mais de R$ 367 milhões neste ano.
Após um 2023 sem conquistas, a cobrança - e a expectativa - era por títulos em 2024. O início do ano, com o Carioca invicto, deu lugar às frustrações nas principais competições.
Brasileirão deixado de lado
O discurso do Flamengo - da direção aos jogadores - era de que não havia prioridade entre os torneios, mas, ao passar do tempo, o Campeonato Brasileiro foi “deixado de lado”.
Mesmo quando saiu do período da Copa América, onde atingiu bom rendimento mesmo com várias baixas, o clube optou por atuar com reservas por conta de jogos do mata-mata.
Na sequência, o time de Tite distanciou-se de Botafogo Palmeiras e Fortaleza, que consolidaram-se como os principais candidatos ao título. Hoje, a diferença para o líder está em nove pontos.
Queda precoce na Libertadores
Ao entrar nas quartas da Libertadores, Tite já era questionado pelo desempenho do time. O duelo com o Peñarol, sem único gol a favor, foi a “gota d'água” na relação com a torcida.