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Matheus Pereira, do Cruzeiro, se ofende com vaias a Seabra: ‘Antes era bom, agora é um m****?’

Camisa 10 do Cruzeiro saiu em defesa do treinador após o treinador sofrer críticas, na opinião do jogador, que passaram do tom, no Mineirão

Camisa 10 do Cruzeiro e um dos destaques do time, o meia-atacante Matheus Pereira saiu em defesa do técnico Fernando Seabra, vaiado e xingado após a derrota celeste por 1 a 0 para o time reserva do São Paulo, no Mineirão, no último domingo, em jogo da 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“A gente está no mesmo barco. Uma coisa muito triste. A ofensa ultrapassa a cobrança. Normal que a gente vai viver. Na vida do futebolista é assim, a gente sabe que vai haver momentos de cobrança. A cobrança tem que ser natural, não pode ser com ofensa, xingar o treinador”, reclamou.

Matheus Pereira afirmou que se sentiu ofendido com as críticas da forma que ocorreram. Na reta final do segundo tempo, o técnico do Cruzeiro ouviu uma primeira manifestação com xingamentos de parte da torcida quando tirou o volante Matheus Henrique de campo. Na vaga do camisa 97 entrou o meia-atacante Matheus Vital.

“Eu me senti ofendido também (com os xingamentos). O nosso trabalho a gente tenta fazer o melhor, nos dedicamos muito. Tivemos dez dias nos dedicando pra caramba, procurando fazer o melhor para ter um bom resultado. Infelizmente as coisas não aconteceram. Para piorar, uma coisa que não deixa feliz, não deixa satisfeito. Me sinto ofendido também. Uma parte desses xingamentos são pessoas que não representam o Cruzeiro. A gente sabe que o torcedor acredita, está conosco e vai seguir com a gente até o final acreditando que os resultados positivos virão”, completou.

Bom nas vitórias e ruim nas derrotas?

As vaias e xingamentos ocorreram novamente depois do apito final. A torcida cobrou bastante o técnico celeste depois da confirmação da derrota no Mineirão, a primeira no Campeonato Brasileiro.

“Quando a gente estava ganhando o Seabra era o melhor. Agora que a gente empate ou perde, ele é uma merda? Normal, quando tu não ganha vai haver cobrança, isso é natural no futebol. Cobrança é bem-vinda, porque gera mudança interna em cada um. A partir do momento que se torna uma ofensa, todo mundo se sente ofendido”, completou.

Em agosto deste ano, Fernando Seabra foi eleito o quinto melhor treinador do Brasil, segundo pesquisa do Instituto Atlas/Intel em parceria com o Estadão.

Segundo dados preliminares divulgados pelos idealizadores da pesquisa, Fernando Seabra somou 7,2% dos votos, ficando atrás de Abel Ferreira, do Palmeiras (27,9%), Tite, do Flamengo (18,6%), Juan Vojvoda, do Fortaleza (9,1%), e Artur Jorge, do Botafogo (8,1%).

“A gente está no mesmo barco, na mesma situação, a gente está tentando buscar o melhor. Infelizmente as coisas não estão acontecendo. Não tem que deixar a confiança cair. A gente sabe que o que fizemos até agora, estamos em quinto lugar (antes da derrota, agora é o sétimo) não é atoa. Temos qualidade para fazer, as coisas só não estão acontecendo. Questão de paciência, precisamos entender o momento e respeitar também as cobranças sadias. Temos que buscar a melhora, sabemos que temos um jogo importante na quinta-feira, precisamos ficar focados nisso, buscar um resultado e definir a segunda volta aqui”, finalizou.

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Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.
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