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Entrevista exclusiva: Breno Bidon não pensa em sair do Corinthians e faz balanço de 2024

Volante subiu ao profissional em janeiro, após ser eleito melhor jogador da Copa São Paulo

Breno Bidon viveu uma temporada de grande transformação em 2024. O jogador, que iniciou o ano com o elenco júnior do Corinthians, foi promovido ao profissional ainda em janeiro e terminou a temporada como titular absoluto da equipe comandada por Ramón Díaz.

Aos 19 anos, o jogador já recebeu sondagens e desperta interesse do mercado Europeu. Esse, porém, não é um tema recorrente na cabeça do jovem. “Ainda não penso nisso. (...) Como falei, o ano foi de muitas emoções”, disse Bidon, em entrevista exclusiva à Itatiaia.

Ainda franzino, o jogador realiza trabalhos dentro e fora do clube para se encorpar fisicamente. À Itatiaia, ele admitiu a necessidade de melhora, mas destacou que suas condições atuais não o impedem de competir defensivamente.

Veja a entrevista completa

Foram 52 jogos em 2024, sua maior marca na carreira. Como chegou fisicamente no fim da temporada?

“Por enquanto estou tranquilo. A gente trabalhou muito, jogou dois jogos por semana e fica cansado, mas já acostumou. Pegar as férias para descansar, mas continuar treinando”

2024 pareceu interminável, não? Jogou Copinha, subiu para o profissional... qual seu balanço?

“Ano de muitas emoções. Fui campeão da Copinha em janeiro, depois acabei estreando no profissional, brigando para não cair. Chegamos em duas semifinais, classificamos para a pré-Libertadores com antecedência. Um ano de muito aprendizado com tudo. Futebol é muito rápido, tem que estar preparado para tudo. A gente brigou lá embaixo, classificamos para a pré-Libertadores, fomos para duas semifinais, tudo rápido”

E sua vida pessoal, mudou muito?

“Mudou um pouquinho, né? A torcida do Corinthians é muito grande, acaba sempre tirando foto nos lugares, mas a gente gosta desse carinho. Às vezes quando tiro foto meu pai começa a gravar emocionado, minha mãe também, minha namorada fica super feliz. Toda vez que chega alguém eles já ficam comentando, falando que a pessoa deve ter ficado feliz, claro que a gente também fica vendo a felicidade da família”

Quando você sentiu que subiu para ficar no profissional? E que não voltaria mais

“Foi depois da Copinha. Fui campeão dia 25 e no 26 estava aqui treinando. Foi aí que coloquei na cabeça que não poderia mais voltar, tinha que voltar e se deus quisesse ia dar tudo certo. Graças a Deus está acontecendo tudo”

O torcedor cobra muito uma melhora sua na parte física. E realmente, você não é um jogador muito forte. Como você faz para driblar essa situação no seu jogo?

“Sempre criticaram. Mas não me abala, não é negativo. A gente sempre procura melhorar, mas isso não me atrapalha. Muitos falam que não tenho parte física, que sou franzino. Mas isso não me atrapalha, tem jogos que eu sou quem mais rouba bola. Isso não me atrapalha, mas claro que a gente tem que pensar na carreira e buscar melhorar”

Agora no profissional, a pressão sobe. Como você lida com isso?

“Quando era da base, olhava os comentários, depois nem vejo mais. Foco só em jogar futebol, a vida mudou muito. Na base alguns torcedores conheciam, profissional é outra coisa. Sempre reconhecem. Mas procuro não olhar comentários. A gente faz trabalho psicológico no clube, direto tem conversas, isso ajuda bastante”

Um cara que gosta muito de você e não está mais no clube é o Paulinho. Qual a importância desse cara para a sua vida?

“Ele foi muito importante para mim. Desde que eu subia só para treinar, ele sempre me tratou muito bem. Depois da Copinha ele me ajudou muito com conselhos do que fazer dentro e fora de campo, sempre me elogiou, dava bronca na hora da bronca. Me ajudou bastante, sou muito grato por tudo que fez por mim”

Outra figura importante na sua melhora é o Ramón. Você chega como titular, perde espaço e depois volta. Qual a importância desse trabalho de te tirar e colocar?

“Quando ele chegou eu fiquei um período sem jogar, mas tem que respeitar e trabalhar para na hora que a oportunidade aparecer, não bobear. Como falei, ano de muito aprendizado, fui titular, reserva, oscilei. Isso faz parte. Tem que ter cabeça boa para sempre ter oportunidade e agarrar da melhor forma”

Você gosta muito de sair para o jogo, mas nesse ano não conseguiu converter isso em muitos gols. É algo que você se cobra bastante?

“Claro que a gente sempre se cobra, sempre quer ter bons números. Acaba não saindo, é normal. Meu estilo de jogo não é de finalizar muito, mas a gente busca aprimorar. Se Deus quiser em 2025 teremos mais gols”

A gente percebe nos vídeos de bastidores que você e o Bidu gostam de se provocar nas comemorações dos gols, né? Como é essa resenha?

“Foi o Bidu, ele é muito chato. A gente sempre acaba, com muita felicidade, brincando um com o outro. Mas o Bidu é o mais chato, puxa cabelo de todo mundo. E eu devolvi, não vou ficar para trás. Dei um chute no Garro, mas tem que pegar leve, é só brincadeira”

Em janeiro você deve jogar o Sul-Americano Sub-20. Se você tivesse como escolher entre começar a temporada no Corinthians ou na Seleção, qual seria a escolha?

“Acho que ambas seriam boas. Jogar na Seleção é importante, como você falou. Representar meu país é incrível, saber que posso estar representando meu país em um campeonato. Jogar pelo Corinthians não tem o que falar, é um sonho. Hoje estamos realizando. Entre ir ou ficar, são duas escolhas boas”

Você sabe que desperta interesse na Europa. Em qual liga você se vê jogando?

“Ainda não penso nisso. Para mim, o foco é em terminar o ano. Como falei, o ano foi de muitas emoções. Não tenho nenhuma em específico”

O Breno aprendeu muito nesse ano. O que falta aprender no ano que vem?

“Nesse ano aprendi demais, por ser o primeiro, passar pelo que passei. Não tem nada específico, deixo com o tempo. Teremos muitos aprendizados”

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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Responsável por acompanhar o dia a dia de Corinthians e Santos pela Itatiaia Esporte. Passagem também como repórter do portal Meu Timão
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