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Atlético x Botafogo: os principais pontos e números dos técnicos finalistas

Gabriel Milito e Artur Jorge buscam título da Copa Libertadores para coroar primeiro ano de trabalho no Brasil

Atlético e Botafogo disputam neste sábado (30), a partir das 17h (de Brasília), a decisão da Copa Libertadores. O jogo vai marcar a primeira grande conquista de um dos técnicos no futebol brasileiro. Gabriel Milito e Artur Jorge chegaram ao futebol brasileiro neste ano e fazem trabalho de destaque.

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A Itatiaia mostra abaixo um pouco da trajetória dos dois treinadores em seus primeiros meses no futebol brasileiro até a grande final da Copa Libertadores.

Atlético: convicção no sistema e mudanças na equipe

Gabriel Milito chegou ao Atlético no fim de março respaldado pela diretoria. Desde seu início no clube, demonstrou gana pela vitória, como na final do Campeonato Mineiro, quando colocou o time para cima em busca da virada contra o Cruzeiro. O treinador chegou a ter apenas um zagueiro e um lateral como atletas defensivos durante o clássico.

O treinador, aos poucos, implantou o seu sistema e apostou em mudanças no time para que seu sistema funcionasse. A que demorou mais a ter aceitação foi a transformação de Battaglia em zagueiro. Hoje, ele é incontestável na posição. O Atlético atuou, em grande parte da temporada, com três zagueiros, Arana e Scarpa como pontas.

“Sonho com uma equipe que defenda bem, no campo do rival, e que tenha a posse de bola com qualidade. O problema é que, jogando tantas partidas, a equipe não tem a quantidade de treinamentos que considero necessária para fazermos isso. O único período que tivemos para treinar, em semana longa, foi no começo, antes do Cruzeiro. Depois jogamos, jogamos”, destacou Milito, em setembro.

Segurança no mata-mata

No começo de Milito, o Atlético demonstrou muita força ofensiva (o time marcou em 11 dos 12 primeiros jogos). Mas, a evolução da equipe foi prejudicada por diversas lesões e convocações. O time foi esfacelado no meio do ano e o time viveu o seu pior momento, mas deu a volta por cima com o retorno dos principais atletas.

Com o time completo, o Atlético foi preciso no mata-mata. O Galo chegou à final da Copa Libertadores, com apenas dois gols sofridos em seis partidas de eliminatórias, e foi à final da Copa do Brasil com dois gols sofridos entre as quartas e semifinais. Na decisão do torneio nacional, o time perdeu força e acabou batido pelo Flamengo.

O Galo chega à decisão da Copa Libertadores no pior momento da equipe de Milito. São dez jogos sem vitórias da equipe alvinegra, que tentará dar a volta por cima para conquistar a taça do torneio continental.

Os números do Atlético sob comando de Gabriel Milito:

  • 60 jogos, com 23 vitórias, 20 empates e 17 derrotas: aproveitamento de 49,4% dos pontos
  • 84 gols a favor (média de 1,4 por partida) e 72 gols contra (média de 1,2 por partida)
  • Campeão mineiro e finalista das duas copas
  • Segunda melhor campanha da Copa Libertadores e apenas dois gols sofridos em seis jogos no mata-mata

Botafogo: futebol ofensivo e em busca do espetáculo

Desde o primeiro dia de trabalho no Botafogo, em abril, Artur Jorge deixou claro a predileção por um futebol ofensivo. Já em sua estreia no comando do time, contra a LDU em Quito, no Equador, pela Libertadores, o português escalou a equipe com quatro atacantes. O sistema é mantido desde então.

As chegadas de Thiago Almada e Igor Jesus foram os encaixes perfeitos para o setor que ainda conta com Luiz Henrique e Jefferson Savarino. Com capacidade de recuperar a posse de bola no campo de ataque e em rápida transição ofensiva, o Botafogo é o ataque mais positivo do futebol brasileiro em 2024.

“Mas a minha ideia de futebol é isto. É uma ideia mais ofensiva, muito dinâmica, uma equipe que eu gosto que pratique e que tenha também parte para que do outro lado haja o sentimento de estar a assistir a um espetáculo. Para que nós possamos contribuir e, ainda mais, engrandecer, embelezar, aquilo que é o futebol. Porque para mim é a minha paixão, a minha paixão do jogo”, explicou Artur Jorge em entrevista a Conmebol.

O lado mental e a força defensiva

Engana-se, contudo, quem pensa que, por Artur Jorge priorizar a parte ofensiva, o Botafogo tenha uma defesa frágil. O Glorioso chega à final da Libertadores com números positivos. É o time menos vazado do Brasileirão, por exemplo, e sofreu 11 gols nas últimas 20 partidas pela Copa e pela Série A.

Outro aspecto importante no trabalho do técnico foi na questão mental. Ao assumir o comando da equipe, Artur Jorge tinha a responsabilidade de liderar a “virada de página” em relação a 2023. Nas últimas semanas, o assunto voltou à tona, mas o treinador foi firme em garantir a força emocional do time, que deu a resposta em campo.

Os números do Botafogo sob comando de Artur Jorge:

  • 51 jogos, com 28 vitórias, 15 empates e oito derrotas: aproveitamento de 64,7% dos pontos
  • 77 gols a favor (média de 1,5 por partida) e 41 gols contra (média de 0,8 por partida)
  • Com 28 gols sofridos em 36 rodadas, o Botafogo tem a melhor defesa do Brasileirão
  • Com 117 gols na temporada, o Botafogo tem o ataque mais positivo de 2024 entre os clubes da Série A

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Túlio Kaizer é jornalista esportivo com grande experiência no digital. Foi setorista dos três grandes clubes do futebol mineiro: América, Atlético e Cruzeiro. Cobre também basquete, vôlei, esportes americanos, esportes olímpicos e e-sports.
Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.
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