O Criciúma se manifestou sobre o assédio contra jogadoras do América, em jogo contra o Juventude, pela rodada de abertura do Campeonato Brasileiro Feminino. Em nota divulgada nesta segunda-feira (24), o clube carvoeiro lamentou o ocorrido e se solidarizou com as Spartanas. Leia o comunicado, na íntegra, no fim da matéria.
Jogadoras da equipe feminina do América registraram um boletim de ocorrência contra o auxiliar Claiton Timm, da partida do último sábado (22), contra o Juventude, na estreia do Campeonato Brasileiro Feminino. Segundo comunicado do clube no domingo (23), o profissional proferiu “palavras e piadas de cunho sexual” em referência às atletas.
“Antes do início da partida, através do rádio comunicador, entre seus pares de profissão, o profissional proferiu palavras e piadas de cunho sexual, se referindo às nossas atletas, em um comportamento absolutamente inaceitável e que configura grave ofensa”, escreveu o clube em nota.
Claiton Timm tem 45 anos e é assistente categoria A está desde 2010 na Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul - CEAF/RS.
O assistente de arbitragem Claiton Timm foi afastado no último domingo (23) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após acusação de assédio por jogadoras do time feminino do América.
Nesta segunda-feira, o Coelho enviou um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com relato do ocorrido. O clube reafirmou “compromisso com a promoção de um ambiente esportivo respeitoso e livre de qualquer forma de violência ou discriminação”.
Em campo, Juventude e América empataram por 1 a 1. O duelo foi apitado por Jenifer Alves de Freitas (RJ), auxiliada por Cassio Pires Dornelles (RS) e Claiton Timm (RS). Eduardo Fernandes Bastos (RS) foi o quarto árbitro, e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS) trabalhou como analista de campo.
Leia o comunicado do Criciúma, na íntegra
Nos solidarizamos profundamente com as atletas do América-MG, que denunciaram o assédio sofrido durante uma partida por um membro da arbitragem, já afastado pela CBF.
Reafirmamos que comportamentos desrespeitosos e inadequados não têm lugar no futebol ou em qualquer outro espaço, e que o esporte deve ser sempre um ambiente de respeito e segurança para todas as pessoas.
Seguiremos em nossa luta incansável por um cenário esportivo onde o respeito, a igualdade e a justiça prevaleçam, tanto dentro quanto fora de campo. Estamos com as atletas, na busca por um esporte mais seguro e digno para todas.