Revelado pelo Vitória, Dida deixou Salvador rumo a Belo Horizonte em 1994. Em contrapartida, Ramon Menezes, que surgiu no profissional do Cruzeiro, seguiu para o rubro-negro baiano. A movimentação marcou o início de trajetórias de destaque em novos cenários para ambos os jogadores.
Pelo Cruzeiro, Dida disputou 287 partidas entre 1994 e 1998 e se consolidou como um dos maiores goleiros da história do clube. Entre os títulos conquistados estão a Copa do Brasil (1996), a Copa Libertadores (1997), a Copa Ouro e a Copa Master da Supercopa (1995), além de quatro edições do Campeonato Mineiro.
Destaque em título
Um dos momentos mais emblemáticos da passagem de Dida pela equipe celeste ocorreu na final da Copa do Brasil de 1996. Após empate em Belo Horizonte, o goleiro foi decisivo na vitória sobre o Palmeiras, no Parque Antarctica, garantindo o título.
No ano seguinte, voltou a ser determinante durante a campanha do título continental, com defesas importantes nas fases eliminatórias, inclusive em disputas de pênaltis.
A saída de Dida da Toca da Raposa foi marcada por impasse contratual com a diretoria e desdobramentos jurídicos. Ele deixou o clube em 1999 e seguiu carreira no futebol internacional, com passagens por Lugano, Corinthians, Milan, entre outros.
Em 2013, foi ovacionado pela torcida cruzeirense no Mineirão, durante aquecimento pelo Grêmio, em reencontro que simbolizou o reconhecimento da torcida ao ex-goleiro.
‘Reizinho da Toca’
Já Ramon Menezes, que iniciou a carreira no Cruzeiro e foi campeão mineiro (1990), da Copa do Brasil (1993) e bicampeão da Supercopa Libertadores (1991 e 1992), chegou ao Vitória em 1994.
No novo clube, o meia rapidamente se destacou. Foi artilheiro do Campeonato Baiano de 1995 com 25 gols e ganhou o apelido de ‘Reizinho da Toca’ em alusão à sua efetividade em bolas paradas no Barradão.
No clube baiano, Ramon conquistou quatro títulos estaduais (1995, 2008, 2009, 2010) e se tornou um dos principais nomes da história do Vitória, sendo peça central na equipe vice-campeã brasileira em 1993. Sua estreia foi marcada por três gols em um amistoso contra o Jacobina, já indicando o impacto que teria no clube.
Em 2008, retornou ao Leão e foi peça fundamental no título estadual daquele ano. Por problemas com o técnico Vagner Mancini, deixou o clube e foi para o futebol turco, onde jogou apenas oito partidas amistosas. Em 2009, voltou ao Vitória após saída de Mancini e foi novamente campeão estadual, repetindo o feito em 2010 e deixando Salvador ao final da temporada, após o rebaixamento da equipe.