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Paiva exalta paciência do Botafogo diante do Carabobo: ‘Não há jogos fáceis’

Treinador destaca postura e evolução da equipe na segunda etapa da partida no Nilton Santos, nesta terça (8), pelo Grupo A da Libertadores

A vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Carabobo, pelo Grupo A da Libertadores, veio com gols no fim de Patrick de Paula e Matheus Martins. Após a partida, que garantiu os primeiros pontos do Glorioso na chave, o técnico Renato Paiva exaltou a postura ofensiva da sua equipe durante os 90 minutos e a paciência para abrir espaços, especialmente após o intervalo.

“Em quatro jogos, um gols sofrido somente, isso nos deixa satisfeito. Entendo o torcedor, entendo o jornalista. Mas não há jogos onde não há finalizações ao gol. Não há jogos fáceis. Concedemos de vez em quando oportunidades, porque somos uma equipe ofensiva, colocamos muita gente no meio-campo adversário, em vários momentos John era o único na defesa. Se abdica de colocar gente na frente tu não é corajoso, tem medo. Então não pode estar aqui, não pode representar este clube. Este clube tem uma missão que é ganhar o jogo”, avaliou Renato Paiva.

“Não tivemos paciência na primeira parte, mas geramos oportunidade de gol. Depois, corrigimos essa situação sem sermos passivos. As vezes, se confunde paciência com passividade, não foi isso que aconteceu. Acabamos abrindo o adversário. Quanto mais fomos conseguindo, mais eles foram recuando. Temos que ter cuidado para não cair na tentação dos cruzamentos. Estou muito orgulho do que os meus jogadores porque eles não perderem o plano de jogo, de como desmontar um bloco (baixo) tão difícil”, concluiu.

Com o resultado, o Botafogo chega aos três pontos, enquanto o Carabobo, sem pontos, é o lanterna da chave. Estudiantes e Universidad de Chile se enfrentam nesta terça (8), na Argentina.

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A terceira rodada do Grupo A da Libertadores será apenas no fim do mês. No dia 22 de abril, o Botafogo visita o Estudiantes, enquanto o Carabobo recebe a La U. Veja a classificação!

O próximo compromisso do Glorioso é no sábado (12), contra o Bragantino em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Veja a tabela da Série A!

Confira, abaixo, outras respostas de Renato Paiva, técnico do Botafogo:

Primeiras palavras
“Antes de qualquer pergunta, é um dia muito triste para a nação botafoguense e para o futebol brasileiro pelo falecimento do Manga. Um homem que marcou uma geração. Várias gerações na posição dele. Referência para muita gente. É um orgulho muito grande de ter feito parte da história do Botafogo, que ele engradeceu com o seu esforço. O grupo quer dedicar a vitória ao Manga, onde quer que ele esteja, sei que vai estar torcendo por nós.”

Cobranças dos torcedores
“Eu conheço os jogadores que tem a minha disposição. O torcedor que ganhar e ver uma grande espetáculo. Mas se perguntar aos torcedores, se querem ganhar mesmo sem jogar bem, eles querem ganhar. Estamos num momento desses. Aos poucos, vamos crescendo. Temos que contextualizar os jogos. Dou imenso parabéns aos meus jogadores. Eu só via perna de jogadores venezuelanos e fizemos eles entrarem no estilo de jogo que nós queríamos.”

Análise da partida
“Analisando o jogo, qual é o momento premium do Carabobo? Ou bola parada ou pegar a equipe desequilibrada. Óbvio que com tanto espaço que deixamos no nosso campo, basta um duelo perdido, uma saída mais rápida, uma distração e vem a outra equipe. Continuo satisfeito com a questão quantitativa. Qualitativamente, não há exibições perdidas mas não falhamos há ponto de dizer que poderia ter gol do Carabobo ou do Juventude a qualquer momento. São momentos de transição. Quando vamos em bloco, somos equipes compacta e criamos problemas para o adversário. Obviamente, vai haver momento de desequilíbrio porque os jogadores são humanos.”

Insistência em cruzamentos e jogadas no fundo
“Boa pergunta. Porque no momento do gol o Rwan iria entrar para jogar junto com o Mastriani. Iríamos jogar com dois jogadores na ponta para cruzar, com Patrick e Savarino pelo meio. Risco total e máximo, tínhamos que ganhar. Quando fizemos o gol troquei homem por homem, o adversário deu espaços.”

“Em relação aos jogadores que a torcida e a mídia criticam, têm todo o direito. Querem espetáculo. Eu tenho uma vantagem porque estou no dia a dia e sei o que podem dar. Tem a razão e a paixão. Isso tem a ver com o conhecimento que temos. Por exemplo, um bloco fechado perto da área, que se você não mexe, vai entrar num cansaço físico e mental. Por isso que trocamos os laterais. O Marlon tem muitos jogos, e o Patrick carrega a bola um pouco mais. O torcedor quer ganhar e ver um grande espetáculo. Mas se perguntar se prefere ganhar mesmo sem jogar bem eles vão querer. Falei aos jogadores que tenho orgulho. Meu trabalho é encontrar soluções no banco, às vezes não vão surtir efeito. Sobre os cruzamentos, não gosto de um jogo muito lateralizado, mas não é proibido. Se for para ser campeão assim eu aceito. Mas eu entendo a reclamação, é difícil, e acontece de cruzar. E aí entra na estatísticas de muitos cruzamentos errados. Precisamos concertar isso. Às vezes cruza no desespero com um contra quatro e não acerta, mas às vezes tem mais e acerta. Vamos melhorar, mas temos que ter equilíbrio.”

Produção ofensiva
“Quero ressaltar a parte ofensiva da minha equipe. Não é fácil de jogar contra este tipo de defesa. Não estou atacando meu colega, tem todo direito de fazer. É nossa obrigação de ir ali como martelo. Hoje o mérito da equipe foi zero desespero. O primeiro tempo não foi bom, não houve paciência em circular a bola. As melhores chances foi circulando a bola do Ponte ao Telles. O que fazíamos às vezes, zagueiro-meia-zagueiro e nunca ativávamos os pontas, como vai incomodar o adversário. Impossível. Fiquei pedindo desesperados para girarem lateral a lateral, pedindo paciência. Não tivemos essa paciência. Mesmo assim geramos oportunidades e não concretizamos. No segundo tempo, corrigimos. Pedimos paciência sem ser passivo. Porque a circulação estava lenta. Paciência com a bola circulando rápido, aos extremos e abrimos a equipe adversária e foram recuando. Quando você (jornalista) falou do Estudiantes, em termos individuais, é muito melhor equipe. Muito orgulhoso com meus jogadores, não perderam o rumo do nosso trabalho e entenderam como desmontar um bloco difícil com o tempo.”

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.
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