Aos 25 anos, Santiago Rodríguez chega ao Botafogo como uma das principais contratações do clube para 2025. O meia uruguaio foi oficialmente apresentado como reforço nesta sexta (14), no Nilton Santos, e descartou qualquer “pressão” ao ser apontado como substituto de Thiago Almada, que fez história em 2024 e, atualmente, defende o Lyon-FRA.
Santiago Rodríguez e Almada têm trajetórias similares até chegarem ao Glorioso. Depois de atuarem em seus países, foram para a Major League Soccer, nos Estados Unidos. Para o novo camisa 23 do Botafogo - número que pertencia a Almada -, a história do argentino serve como inspiração.
“Conheci Thiago na MLS, sei da importância que teve aqui. O seguia na Libertadores, foi importante para o clube e torcida. Sobre ser um substituto, não me traz qualquer tipo de pressão. Ao contrário, me motiva muito a alcançar o que ele fez. Sei que é difícil, mas confio muito em mim. Tenho companheiros que seguem aqui, vão me ajudar muito para que vençamos torneios.”
"(A história do) Thiago é algo positivo para mim. Venho da MLS para cá. Ele também, e foi para a Europa. Gostaria de alcançar isso. É uma inspiração. Com trabalho, acredito que posso conquistar.”
Santiago Rodríguez foi contratado pelo Botafogo junto ao New York City, clube que defendeu nas últimas duas temporadas e destacou na MLS. O clube carioca investiu 17 milhões de dólares, cerca de R$ 85 milhões, no jogador, que assinou contrato até 2028.
À disposição de Paiva
Santiago Rodríguez é um dos reforços que ainda não estreou pelo Glorioso. O meia chegou ao Rio de Janeiro já na reta final do Carioca e não entrou em campo pela competição.
Agora, o argentino está à disposição e trabalhando sob comando de Renato Paiva na “pré-temporada” antes da estreia do Brasileirão, em 29 de março, contra o Palmeiras.
Em sua apresentação, Santiago Rodríguez falou sobre os primeiros contatos com o treinador, que tentou sua contratação em 2023, quando dirigia o Bahia, que pertence ao Grupo City.
“Os treinos são muito intensos, gosto muito da maneira como trabalha. Uma das coisas que mais gostei é que ele falou conosco, foi sincero sobre como trabalha. Se interessa em saber muito como somos, nossas virtudes e como melhorá-las. Teve o interesse em outro momento, é importante para mim. Agora, aqui, acredito que posso ajudá-lo. Falamos muito sobre a parte tática, sobre como posso melhorar para voltar à seleção do Uruguai. É uma das coisas que quero ao vir para cá. Com ele, eu e todos companheiros vamos melhorar e alcançar objetivos pessoais e coletivos, que são os mais importantes”, afirmou Rodríguez.
“Gosto de jogar como extremo esquerdo, mas me associando aos companheiros no meio, coletivamente. Uma das coisas que falamos com o Renato é para que eu possa finalizar mais. Não como um 9, mas como um segundo atacante. Acredito que seja uma variação importante para o meu jogo e para a equipe. São jogadores com muita qualidade e Renato fará o máximo para nos ajudar. Acredito que verão um Santiago com mais finalização”, completou sobre seu estilo de jogo.
Neste sábado (15), o Botafogo disputará jogo-treino com o Cruzeiro, no Nilton Santos. Será o primeiro desafio de Série A do treinador português no Glorioso. Saiba mais aqui.
Confira, abaixo, outras respostas de Santiago Rodríguez, meio-campista do Botafogo:
Primeiras palavras como jogador do Botafogo
“Obrigado por me receberem. Estou muito feliz de estar em um clube tão grande como o Botafogo. Me sinto muito feliz. Espero e desejo que consigamos alcançar muitas coisas juntos. Tomara que a gente possa repetir o que o clube fez no ano passado, conquistando a Libertadores e o Brasileirão. Somos uma equipe que vai brigar por tudo isso.”
Adaptação ao Brasil
“Me receberam muito bem no Brasil, gosto muito do Rio. Estar perto do Uruguai é importante, por conta da minha família, me visitam. Nós, uruguaios, gostamos muito do Brasil, um futebol muito competitivo, de ótimo nível. Foi uma das razões de vir para cá.”
Identificação do Loco Abreu com o Botafogo
“Gostaria de deixar meu nome mais alto possível na história do Botafogo. Abreu é importante aqui. Me contaram como ele era, que a torcida o admira muito. Minha ideia é chegar a esse tipo de sensação com o torcedor. Para mim, com o trabalho, fazendo o que sei fazer, posso alcançar isso.”
Cavadinha nos pênaltis ‘a la Loco Abreu’ e número 23
“O número foi uma coincidência, mas gosto do número. Estrei no Nacional com esse número e estava na lista de disponíveis. É sentimental. Fiz alguns gols de cavadinha, na MLS, é uma inspiração para muitos uruguaios. É muito lindo estar no clube que ele foi muito importante.”
Setor ofensivo do Botafogo
“A verdade é que me senti muito bem nos treinos com todos companheiros, que atuam próximo de mim, como Savarino. Podem alcançar coisas importantes no jogo no nosso setor. Um meio de campo com Marlon e Gregore, são motorzinhos. Vai nos ajudar muito. Somos mais ofensivos. Me senti muito cômodo. Nos entendemos bem e vamos nos conhecer mais. Precisamos confiar em nós, a torcida também, por tudo que estamos trabalhando vamos alcançar muitas coisas.”
Vinda para o futebol brasileiro
“Para os jogadores, é o melhor mercado. É o melhor futebol sul-americano. Ter jogadores como Neymar e Depay, motiva muito tê-los como adversário. Aqui se joga mais partidas, se treina pouco e joga muito. Em comparação a MLS, há mais qualidade em jogadores de todas áreas. Cheguei muito bem fisicamente, na MLS são jogadores fortes, de transição, me serviu como aprendizagem para vir aqui e me sentir muito bem.”
Super Mundial de Clubes
"É o mais lindo. O formato como vai ser, no grupo que estamos, é difícil, mas não é impossível. Me motiva muito, são duas equipes como PSG e Atlético de Madrid, que, na teoria, são melhores pelo fator econômico, mas acredito muito que na hora do jogo são 11 contra 11. Temos muito bons jogadores. Isso me motivou muito. Confio que podemos ir longe. A mentalidade de toda equipe é ganhar qualquer jogo. São ganhadores no Brasil, não há outra mentalidade.”