Escolhido para ocupar função de diretor de futebol do Atlético e ser o ele entre jogadores, comissão técnica e a cúpula da SAF, Victor Bagy tem também o desafio de auxiliar a diretoria na montagem do elenco. Para isso, precisa cumprir à risca algumas estratégias estabelecidas, principalmente aquelas que visam cuidar da saúde financeira do Alvinegro.
Durante entrevista ao Charla Podcast, o dirigente contou como foi deixar a função de goleiro, em fevereiro de 2021, para vestir roupa social e ocupar posição diferente no clube que defendeu desde 2012. Além de afirmar que se preparou para a vida longe dos gramados, Bagy também destacou os desafios assumidos desde então. Ser ídolo da torcida, para ele, facilitou o novo ciclo.
“A gestão do clube, eu vivi todo este período de transição para a SAF, tem buscado excelência em todas as suas frentes. Seja em performance, gestão ou sustentabilidade. O Atlético ainda tem suas dívidas importantes (mais de R$ 1,2 bilhão), que vieram de outros anos e gestões. Nossa preocupação hoje também é de zerar este passivo, para que toda captação de recursos, economicamente falando, seja revertida no futebol, em times competitivos, estrutura, em constantes melhorias para o torcedor. É o que buscamos”, destacou o diretor.
“Temos um projeto muito sensato, que chama ‘Galo 30', que é de zerar todo este passivo até 2030. Pagar estas contas, melhorar a formação de atletas, melhorar nossa estrutura, fazer da nossa Arena uma grande fonte de recursos, etc. Existem processos. Às vezes somos cobrados por reforços, mas temos que trabalhar dentro de um orçamento. Não quero que o clube seja vencedor só em 2025; quero que brigue por títulos em todas as temporadas. É preciso ter responsabilidade de não aumentar a dívida. Temos que diminuí-la. Temos que ter o equilíbrio entre parte financeira e performance”, foi além
O ex-goleiro também aproveitou para comentar a falta de paciência de parte da torcida, que cobra sempre por investimentos altos em reforços.
É importante que o torcedor entenda. Muitos falam que “tem que ter por dinheiro e investir”. Não. A gente investe sim, mas tem que ser responsável e assertivo”, finzlizou.