A vitória do Atlético por 2 a 0 sobre o Cruzeiro ficou marcada por momentos de tensão e polêmica. Um dos principais lances da partida envolveu o zagueiro Lyanco, que esteve diretamente ligado a dois momentos decisivos: a expulsão de Gabigol e um lance com Dudu, do Cruzeiro, que poderia ter resultado na sua própria expulsão.
Ao ser questionado na entrevista pós-jogo sobre o ocorrido, o técnico Cuca defendeu seu jogador e minimizou a gravidade da jogada. Para o treinador, a jogada foi um lance casual de jogo e não justificaria uma punição mais severa ao defensor do Atlético.
"É só ver a imagem. Pega a imagem agora com mais calma, faz em câmera lenta e faz no normal. Nem combinado ia acontecer isso ao mesmo tempo. O braço do Dudu ali, se o Lyanco pisa em cima (de propósito) era outra situação. Se fosse esse cenário, era para ele ser expulso. Mas se você ver, antes, e eu tive o cuidado de ver, quando o Lyanco passa o pé, ele está olhando para frente. Por isso que falei que não tinha risco de lesão grave, porque não foi proposital, foi um acidente”, declarou o treinador.
Boa arbitragem
Antes de falar especificamente do lance, Cuca comentou sobre a situação envolvendo o jogador, e destacou a importância de aproveitar todo o potencial de Lyanco, mas sempre dentro dos limites estabelecidos. Ele explicou que tem conversado bastante com Lyanco para garantir que ele compreenda isso. Durante a entrevista, Cuca falou novamente sobre o lance envolvendo o zagueiro do Atlético e Dudu.
“Sempre sou muito cuidadoso em relação a isso”, afirmou Cuca, “para não chegar aqui e ser desmentido pela imagem.” Ele então compartilhou a conversa que teve com Lyanco: “Lyanco, você pisou nele?” E ele respondeu: “Professor, eu dei a passada e não vi o braço dele.” Cuca destacou que, ao observar o momento da queda de Dudu, ficou claro que o braço dele estava aberto, e Lyanco passou a perna por cima.
“Quem está dentro do campo sabe que não foi por querer”, continuou Cuca. “Foi um acidente de trabalho, muito bem interpretado pelo VAR e pelo árbitro. A gente sente quando é maldade do jogador, e aí tem que ser punido.”
Cuca reforçou que, se Lyanco tivesse admitido que pisou em Dudu, ele teria compartilhado essa informação. “Ele me falou exatamente o que a imagem mostra: que o braço veio em encontro com a passada dele, que ele não viu.” Cuca lamentou que a situação tenha gerado tanto tumulto, pois, em sua opinião, isso não influenciou o resultado da partida.
“Acho que merecemos vencer, e é uma pena que exista tanta pressão em cima da arbitragem,” disse ele. Cuca fez uma observação sobre um incidente envolvendo torcedores que quebraram a porta e invadiram o VAR, causando confusão. “Eles quebraram a porta, entraram pra dentro, socaram todo o VAR, e ficou tudo confuso lá na frente”, afirmou, acrescentando que essa situação dá espaço para comportamentos semelhantes, embora o Atlético não pretenda agir dessa forma.
Por fim, Cuca pediu que as coisas fiquem nos limites, para que o árbitro não fique condicionado por pressões externas. “A arbitragem hoje foi boa”, concluiu.
Entenda o lance
Durante a partida, em uma disputa de bola, Lyanco acertou o braço de Dudu, gerando protestos imediatos dos jogadores do Cruzeiro e de sua torcida. Apesar das reclamações, a arbitragem optou por não revisar o lance no árbitro de vídeo (VAR), levantando questionamentos sobre a coerência das decisões tomadas na partida.
*Em colaboração com o portal Itatiaia Esporte