As Forças de Segurança de Minas Gerais vão analisar as imagens 1.657 câmeras para identificar torcedores envolvidos na confusão na Arena MRV, ocorrida durante e depois da final da Copa do Brasil, entre Atlético e Flamengo, no último domingo (10).
A Polícia Civil vai analisar imagens 351 câmeras dentro do estádio. Além disso, os investigadores vão contar com o auxílio de seis câmeras instaladas em uma carreta do Centro Integrado, que estava estacionada na área externa do estádio do Atlético. Um desses equipamentos instalado em um mastro filma em 360º graus e registra imagens de até 10 km de distância. Os policiais já informaram ao governo que a “super-câmera” gravou toda movimentação dos torcedores durante seis horas.
Além disso, os investigadores terão acesso às gravações de 1.300 câmeras do Centro Integrado de Comando e Controle e que ficam distribuídas em pontos estratégicos de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Com isso, a Polícia Civil terá à disposição imagens de 1.657 câmeras. O objetivo é fazer o cruzamento de imagens e rastrear os torcedores.
Fontes do governo e das forças de segurança disseram à Itatiaia que o foco desta ação será punir principalmente ‘CPFs’. A estratégia é uma mudança significativa em relação às punições aplicadas anteriormente e focadas apenas nos CNPJs das Torcidas Organizadas e dos clubes.
O objetivo é identificar os vândalos, os crimes praticados e aplicar penas individualizadas. Durante a confusão, dentro do estádio, o Batalhão de Choque, acionado pela direção da Arena MRV, prendeu 12 pessoas envolvidas na confusão generalizada.
A polícia já aponta que as ações de alguns grupos dentro do estádio colocaram em risco a vida de terceiros e menciona as bombas que foram lançadas contra torcedores, jornalistas e jogadores dentro de campo.
Procurado pela Itatiaia, o governador em exercício, Mateus Simões (Novo), também deu destaque às bombas lançadas no estádio e falou que o Estado irá prender os responsáveis.
“Nós não vamos dar espaço para baderna e para balbúrdia dentro de estádio de futebol ou por conta de futebol em Minas Gerais. Não vamos permitir que isso se transforme em um problema de segurança da gravidade que a gente tem visto acontecer em outros lugares. Ontem foram mais de 12 prisões, a nossa polícia toda alocada e quem não sabe se comportar no estádio vai aprender da pior forma, sendo preso e responder ao processo por isso, enquanto a gente identifica cada responsável, nós não vamos parar as investigações”, disse Simões à Itatiaia.
O Governo de Minas já formalizou o pedido de acesso aos registros das câmeras do circuito interno da Arena MRV.
Em contato com a Itatiaia, a gestão da Arena informou que colabora com as investigações e já está compartilhando todas imagens com as forças de segurança do Estado.
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