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As lições que ficam para o Atlético dentro e fora de campo

Clube precisa reforçar ações de segurança e prevenção

O Flamengo foi campeão da Copa do Brasil com méritos. O Rubro-Negro foi melhor do que o Atlético no Rio de Janeiro, onde ganhou por 3 a 1, e soube jogar na Arena para vencer novamente por 1 a 0.

Deu certo o que o Filipe Luís se propôs a fazer em Belo Horizonte. O Flamengo se fechou e explorou os contragolpes. O melhor jogador do Atlético foi o goleiro Everson, eleito o melhor em campo na finalíssima.

Quando o goleiro é o melhor, isso é um sinal muito claro de que o seu adversário teve muito mérito na partida.

O Atlético não pode reclamar de arbitragem, não pode reclamar de absolutamente nada. Ganhou um Flamengo que jogou melhor.

E não há demérito nenhum em ver o Atlético perder para o Flamengo, que é um clube milionário. E o Flamengo ainda jogou sem o Pedro, contundido, e que se dá ao luxo de deixar o Bruno Henrique no banco. Em qualquer time do Brasil o Bruno Henrique seria titular.

O Atlético não perdeu para um time qualquer. É doloroso para o torcedor do Atlético perder um título para o Flamengo, porque é o segundo maior rival, mas não pode deixar a bola cair. Tem que pensar que, daqui a 20 dias, tem uma decisão de Libertadores (30/11).

O Atlético precisa ter frieza, um trabalho psicológico e emocional bem feito da sua direção de futebol para com o elenco. Agora é hora de o Gabriel Milito mostrar comando e liderança na gestão desse grupo. O Atlético terá 20 dias para esfriar a cabeça, para esquecer e para passar a ressaca dessa final de Copa do Brasil.

O Botafogo, por sua vez, não tem tempo pra nada, porque está em vias de ser campeão brasileiro. O Botafogo terá que jogar tudo para conquistar o Campeonato Brasileiro. Isso pode dar uma vantagem ao Atlético para essa decisão de Copa Libertadores.

Vandalismo, bombas e invasões

Em campo, o Atlético perdeu de maneira honrosa, digna, e ainda aplaudiram o time do Flamengo no gramado durante a entrega das medalhas. É assim que deve ser no esporte.

O que não foi honroso foi o que aconteceu fora das quatro linhas. Não dá para ver gente com ingresso não entrando. Não dá para ver bandido com bomba dentro do campo, atirando bomba no goleiro do Flamengo. Esse tipo de gente não pode estar no estádio.

A Arena MRV tem que ser para o torcedor de bem, pais, avós, filhos, netos, mulheres com crianças no colo. É para essas pessoas que o estádio foi feito. Não é para bandido que foi à Arena jogar bomba.

A diretoria do Atlético, a gestão da Arena, tem que explicar os problemas ocorridos aqui. Qualquer pessoa, minimamente inteligente, sabe que o que aconteceu não pode acontecer. Não podemos tapar os olhos para isso que ocorreu no estádio.

Quem é responsável pela segurança, pela bilheteria, quem é responsável pela revista é o Atlético. Passamos perto de uma tragédia na Arena MRV, e isso tem que servir para melhorar. O Atlético tem que aprender com o que ocorreu.

Ficam duas lições para o Atlético: melhorar em campo, e tem 20 dias para isso antes da final da Copa Libertadores, e aprender na parte da gestão a partir da lambança que ocorreu na Arena MRV.

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