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Desabafo de Sérgio Coelho é pedido para Atlético deixar de ser palanque para Kalil

Recado transmitido por Sérgio Coelho ao ex-presidente Alexandre Kalil escancara o incômodo não com as mensagens, mas com os seus propósitos

As palavras do presidente Sérgio Coelho, após a classificação do Atlético às semifinais da Copa do Brasil, pedindo união no clube nesta reta final das duas competições em que o Galo briga pela taça (tem a Libertadores também), me deixa a certeza de que o recado transmitido ao ex-presidente Alexandre Kalil escancara o incômodo não com as mensagens, mas com os seus propósitos.

Na tentativa de sair do ostracismo político que se meteu após perder a eleição para o Governo de Minas em 2022 no primeiro turno, sendo derrotado por Romeu Zema até em Belo Horizonte, e de depois ser descartado pelo presidente Lula, com quem coligou, mas não foi cotado nem para terceiro escalão, Kalil busca espaço na campanha à PBH.

Trocou de partido, de grupo político, guinou da “esquerda” à “direita”, tudo em busca de visibilidade. E tenta chegar ao objetivo usando sua maior marca, o Atlético, como palanque. Presença constante nas últimas semanas em podcasts esportivos, desrespeita sua própria história no clube quando usa de deboche para fazer as suas críticas, algumas pertinentes, mas que soam como vingança, até pelo conjunto da obra.

Me fazem lembrar as contrapartidas da Arena MRV, que de tão absurdas, pois passaram os 20%, provocaram uma ação da Câmara Municipal no sentido de fixar em no máximo 5% do valor total dos grandes empreendimentos esse retorno à cidade, até para que não possam ser desestimulados os investimentos em Belo Horizonte.

E o que me estranha nas críticas é que um dirigente que conhece futebol, flertou com o rebaixamento por dois anos seguidos, sofreu as maiores goleadas da história para o rival, jogue seus erros como cartola para debaixo do tapete e resuma sua história ao sucesso.

Sucesso às custas de um dinheiro que o clube não tinha e gastou. Uma prova disso: Ronaldinho Gaúcho, que deixou o Atlético em 2014, recebe até hoje do clube.

Mas o Bruxo foi o símbolo da Libertadores. Bom seria se fossem no futebol os maiores absurdos. Eles estão longe disso. E o relatório da Kroll, de conhecimento público desde o final de 2020, evidencia gastos pessoais e pagamentos milionários injustificáveis até a quem deveria cuidar do dinheiro do clube.

A defesa do indefensável vem na forma de um equívoco. Sim, Kalil diz que tem uma carta do clube o inocentando de tudo o que foi apurado pela Kroll. Na verdade, carrega é uma correspondência do presidente do Conselho Deliberativo da época, que coincidentemente era Procurador Geral de Belo Horizonte quando ele era prefeito.

Nesse cenário de coincidências, tomara que o bom momento do Galo nas Copas do Brasil e Libertadores seja mais uma delas. E que o atleticano possa desfrutar novamente dessas alegrias. Nisso, Eu Acredito!

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Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro
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