Principal investidor da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, Rubens Menin afirmou, em entrevista à ESPN, que o futebol brasileiro terá “cinco supertimes” em breve. O empresário declarou que, atualmente, 12 clubes dividem o protagonismo no cenário nacional.
“O Brasil tem 10, 12 grandes times, mas vai ter cinco supertimes no futuro, eu acredito. E é uma corrida, quem estiver mais preparado, chega lá. A gente quer que o Atlético seja um desses cinco supertimes que vão existir no Brasil”, iniciou.
De acordo com Menin, apesar do esforço para que o Galo esteja sempre brigando por títulos, a diretoria trabalha para ter um elenco forte e equilibrado.
“Agora, você tem que ter consciência, nós não queremos fazer um supertime hoje para ganhar um campeonato e depois ter que vender todo mundo, ficar devendo, como aconteceu no passado. Acho que a grande diferença da SAF para a associação de futebol é que, no Brasil, infelizmente, a maioria dos times foram dirigidos de forma muito amadora”, completou.
Segundo o acionista do Atlético, os clubes que ainda adotam o modelo associativo correm o risco de ser destruídos pela má gestão financeira e sem um eficiente controle orçamentário.
"Às vezes, o dirigente está emocionado, quer ganhar o campeonato, contrata todo mundo e ganha. Aí destrói aquele time. Aí vem outro time, o dirigente que também entra,quer ganhar, contrata mais do que pode, faz bobagem, ganha o campeonato e destrói o time? Então, quantos times foram destruídos no Brasil assim?”, perguntou.
Postura diferente com a SAF
Na opinião de Menin, a grande diferença entre as SAFs e as associações se dá pela responsabilidade do investidor com relação a todos os gastos. Quando isso acontece, a torcida reconhece o movimento da diretoria e demonstra apoio com ótimos públicos no estádio.
“A SAF não pode ser destruída, a SAF tem que ser perene, é uma empresa que tem responsabilidade, tem CPF (dos donos). Nós temos que sempre saber apoiar o futebol competitivo, queremos a torcida perto da gente, o senso de pertencimento da torcida é fundamental, isso tem que balancear. E acho que a gente tem conseguido. A torcida, você vê, o Atlético é um time pacificado, o conselho é pacificado, a torcida de vez em quando reclama, mas, no fundo, está lá. O jogo lotou lá, a Arena, recorde de público, de receita, de tudo, né? Então, a torcida está sempre do nosso lado”, encerrou.