Rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, o Athletico-PR usou as redes sociais para publicar, nessa terça-feira (10), um pedido de desculpas ao seu torcedor. Na carta, o Furacão admite erros administrativos e reconhece que enfrentará uma redução significativa de receitas principalmente nas Copas, por exemplo.
O Athletico também informou a demissão do técnico argentino Lucho González e do diretor técnico esportivo Paulo Autuori. O clube paranaense admitiu que passará por uma reestruturação de seu departamento de futebol para o ano de 2025.
Na próxima temporada, o clube rubro-negro disputará, além da Série B do Brasileirão, a Copa do Brasil e o Campeonato Paranaense. Aliás, a estreia na competição estadual está prevista para o próximo dia 11 de janeiro (sábado), às 16h (de Brasília), contra o Paraná Clube, na Ligga Arena, em Curitiba.
Leia, na íntegra, o pedido de desculpas publicado pelo Athletico-PR
“Antes de tudo, é preciso pedir desculpas pelo triste resultado esportivo de 2024.
O descenso do Athletico Paranaense é doloroso e digno de toda lamentação, pois esta Instituição se tornou nas últimas décadas sinônimo de grandeza e orgulho para todo o povo paranaense e sua fanática torcida.
Apesar de fazer parte da vida competitiva e esportiva o ganhar e perder, não é fácil absorver e entregar este decepcionante resultado para todos vocês, que assim como nós, amam e vivem diariamente este Club. É necessário com muita humildade reconhecer que muitos erros foram cometidos, mas também é fundamental refletir sobre eles e aperfeiçoar nosso caminho para o futuro.
O futebol brasileiro, como indústria que é hoje, traz um cenário diverso do que tínhamos em nosso passado recente, em que passamos a ocupar um espaço de destaque entre os grandes, como reflexo da nossa boa organização e profissionalismo, mas também como resposta ao estado de vulnerabilidade econômica de muitos clubes. Agora, com a redução significativa do sistema associativo do futebol brasileiro com vinda das SAF’s e a injeção de aporte financeiro por investidores na formação de blocos econômicos para negociação de seus direitos (caso das ligas), é notório um novo desequilíbrio financeiro, acompanhado de outras e maiores demandas por parte do mercado.
Mesmo assim, é preciso dizer que o CAP aportou um investimento em seu Departamento de Futebol maior que o realizado nos anos de 2022 e 2023. Infelizmente, pelo imponderável da bola e pela incerteza inerentes a cada contratação, não acertamos.
O calendário anual das copas, que faz a maioria dos seus disputantes a desfocar do Campeonato Brasileiro, e o desencontro do calendário brasileiro com a principal janela europeia de contratações também levam a refletir as perdas significativas de atletas que estão em plena competição nacional.”