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Ex-Atlético choca ao contar sequestro da irmã: ‘Falavam que ia chegar uma orelha’

Ricardo Oliveira revelou que os sequestradores ameaçavam e pediam pagamento de 1 milhão de dólares

Ex-atacante de Atlético, Santos e São Paulo, Ricardo Oliveira deu forte relato ao contar detalhes de quando teve a irmã sequestrada, em 2007, quando atuava pelo Milan-ITA. Ao ‘Charla Podcast’, ele afirmou que os sequestradores pediram 1 milhão de dólares e ameaçaram enviar membros do corpo jovem caso o pagamento não fosse feito.

“Não teve contato nos três primeiros meses. A polícia me falava: ‘Ricardo, nunca cuidamos de um caso como esse. Agora, trabalhamos com a possibilidade de ela estar morta’. Depois de três meses, fizeram o primeiro contato. Chegou uma caixa com um telefone em casa. Alguém da família abriu, colocou chip, e eles ligaram desse número”, contou o ex-atacante.

“Começavam as ameaças. ‘Não vai pagar? Vai chegar um dedo dela. Vai chegar uma orelha’. Uma loucura. Meu irmão não conseguiu. Colocaram um primo para tratar, e pediram 1 milhão de dólares. Até que o telefone tocou de madrugada, e a notícia era boa. Teve uma denúncia anônima. A polícia estourou o cativeiro, e eu levei ela para a Itália”, finalizou.

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Na época, Ricardo Oliveira havia acabado de ser contratado pelo Milan, depois de grande passagem por São Paulo e Real Bétis-ESP. Ao saber do sequestro, a diretoria rossonera recomendou que ele voltasse ao Brasil, mas o ex-atacante decidiu se manter na Itália. A notícia da soltura da irmã foi recebida cinco meses após a primeira ligação.

“O policial falou comigo: ‘Vocês vão ter uma vida normal. Ela vai começar a resgatar tudo aquilo que ela viveu. O que você puder lembrar dessa conversa, passa para gente’. Mas eu não aguentava ficar na mesa. Falavam: ‘O seu irmão disse que não vai pagar o resgate. A gente vai te matar. Você não é amada’. O transtorno psicológico foi absurdo”, disse.

“Ela emagreceu 40kg. Tinha um cara com ela, que assistia aos jogos do Milan. Ele descobriu quem eu era e passava para ela. ‘Seu irmão não está jogando. Ele está sentindo sua falta. Ele está triste, perdeu a alegria’. Esse cara leu a Bíblia para ela. De alguma forma consolava ela. Ela só tomava água e comia arroz. Ele dava maça, banana”, completou.


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Jornalista pela PUC Minas, Pedro Leite é repórter de esportes da Itatiaia. Tem experiência na cobertura diária de portais, redes sociais e jornal impresso. Apaixonado por futebol, já passou pelo Superesportes.
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