Pessoas utilizaram, nos últimos dias, o Valeriodoce, clube do Módulo II do Campeonato Mineiro, como meio para tentar enganar jogadores de futebol de diversas partes do Brasil. Eles ofereciam supostas chances no elenco da equipe de Itabira e, para isso, pediam dinheiro.
O clube foi às redes sociais para negar envolvimento com esses indivíduos e esclarecer que não pede dinheiro em processos de contratações e testes.
“O Valeriodoce Esporte Clube esclarece que não possui qualquer vínculo com indivíduos que estão se passando por representantes do clube para aplicar golpes em atletas e seus familiares”, comunicou o clube itabirano.
Também nas redes, atletas e familiares denunciaram as tentativas de golpes e revelaram o modus operandi dessas pessoas.
Essa ação pode configurar estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. A pena de prisão para crimes desse tipo é de 1 a 5 anos.
Como os indivíduos agiram
Os indivíduos entraram em contato com pais de jogadores por meio das redes sociais e de ligações se passando por Helinho, supervisor do Valeriodoce. Eles solicitaram vídeos de jogos desses atletas com a promessa de que os levariam para disputar o Módulo II do Campeonato Mineiro pelo Dragão.
Em troca, pediram uma quantia financeira que seria referente ao pagamento da transferência. Ao mesmo tempo, garantiram que todos os outros custos, como alojamento e passagens, seriam arcados pelo clube.
Wagner Luiz, do Rio de Janeiro, é pai do zagueiro Patrick, de 22 anos. Ele foi um dos alvos e detalhou como funcionou a tentativa de golpe.
“Ele não falou o valor para mim. Entrei no Instagram do clube e não vi nada a respeito de apresentação, e ele estava falando que se apresentaria em dois dias”, explicou Wagner em entrevista à Itatiaia.
“Não (confrontou o golpista) porque tinha esperança de ser verdade e meu filho está sem clube. Por isso aguardei sem falar mais nada com ele”, finalizou.
Os supostos farsantes utilizavam celulares com DDD 77, referente a partes do estado da Bahia.
Posicionamento do Valeriodoce
Em contato com a Itatiaia, o Valeriodoce destacou que orientou Helinho a fazer o Boletim de Ocorrência, assim como quem sofreu os golpes.
O clube afirmou que está prestando todo o suporte ao funcionário. Diversas vítimas procuraram a instituição nos últimos dias para questionar e denunciar a situação.