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Vini Jr ainda pode ser o melhor jogador do mundo em 2024; entenda

Fifa vai realizar seu evento anual dos melhores da temporada; premiação mudará de nome e de método de escolha após fiasco que deu a Messi o troféu de 2023

Vini Jr vibrou muito com a vitória de virada sobre o Bayern de Munique

A derrota para Rodri na Bola de Ouro, evento organizado pela revista “France Football”, nesta segunda-feira (28), tirou de Vinícius Júnior um dos prêmios individuais de melhor do mundo mais tradicionais do futebol, mas que não é o único. A Fifa ainda vai eleger o melhor de 2024, e o atacante brasileiro será novamente um dos favoritos.

A entidade vai alterar o nome e o método de votação da sua premiação após o fiasco da última edição. Lionel Messi, ganhador do “The Best” como melhor jogador de 2023, não compareceu à cerimônia realizada em 15 de janeiro de 2024, em Londres. Nem mesmo o argentino pareceu ter concordado em levar o troféu pela oitava vez.

O novo nome do evento já foi anunciado: Fifa Awards. O método de votação anterior previa o voto de capitães e treinadores das 211 seleções filiadas à federação internacional, além de jornalistas desses países. Havia uma pré-lista de jogadores selecionada por especialistas das entidade em quem os eleitores podiam votar.

Até o momento, a Fifa não anunciou uma nova metodologia de votação. Nos bastidores da entidade, a vitória de Messi em um ano em que ele não atuou em uma grande liga (joga no Inter Miami, dos Estados Unidos) mostrou que os eleitores acabam votando nos nomes mais conhecidos, não naqueles que de fato tiveram um ano com melhor desempenho.

A data do evento em 2025 também ainda não foi divulgada.

O melhor do mundo da Fifa

Em 1991, a Fifa criou o seu prêmio de melhor jogador do mundo. O primeiro vencedor foi o alemão Lothar Matthaus, pela campanha do tricampeonato mundial de sua seleção na Copa do Mundo de 1990, na Itália.

Entre 2010 e 2015, a Fifa e France Football organizam juntos a premiação, o que transformou o prêmio de melhor jogador do mundo no “Fifa Bola de Ouro”.

Em 2016 o prêmio da Fifa virou The Best e a partir da próxima edição, ainda sem data para acontecer, vai mudar para Fifa Awards. A entidade entendeu que a premiação cresceu e que não é apenas eleito o melhor jogador de futebol, mas também jogadora, treinadores, gol mais bonito (o Puskas), etc.

Na premiação votam jornalistas de países das 211 associações filiadas à Fifa, além dos capitães e treinadores também de todas as seleções do mundo.

Como na Bola de Ouro, o último brasileiro a ganhar o prêmio de melhor jogador da Fifa foi Kaká, em 2007, por suas atuações no Milan. Antes dele, outros quatro brasileiros venceram a premiação: Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005).

Método de votação da Bola de Ouro

A primeira etapa é a criação de uma lista prévia com 30 indicados por um corpo de jornalistas e especialistas da France Football.

Essa lista é submetida a 100 convidados dos países com melhor posição no ranking da Fifa, chamados para votar em quem merece ganhar a Bola de Ouro. Cada jurado seleciona dez jogadores, em ordem decrescente, que recebem 15, 12, 10, 8, 7, 5, 4, 3, 2 e 1 pontos, de acordo com a posição escolhida.

Aquele que tiver a pontuação mais alta fica com a Bola de Ouro. Em caso de empate, o critério da France Football é levar em conta quem foi mais votado em primeiro lugar.

Os brasileiros vencedores da Bola de Ouro:

  • Ronaldo (1997 e 2002)
  • Rivaldo (1999)
  • Ronaldinho Gaúcho (2005)
  • Kaká (2007).

O primeiro brasileiro a receber a premiação foi Ronaldo, em 1997, quando atuava pela Internazionale e onde recebeu o apelido de Fenômeno. Ele ganharia novamente em 2002, quando deixou a Inter para jogar no Real Madrid, mas principalmente por sua atuação no pentacampeonato da Seleção Brasileira na Copa da Ásia.

Rivaldo ganhou em 1999, e Ronaldinho Gaúcho em 2005, por desempenhos no Barcelona. E Kaká, em 2007, quando atuava pelo Milan.

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.