Casemiro afirma que Neymar fará falta, mas confia na qualidade do substituto ainda oculto

Jogador do United, terceiro que mais atuou com Tite, foi escalado na primeira coletiva após lesão do camisa 10

Neymar e Casemiro em treino da Seleção na Granja Comary

Enviados especiais a Doha - Num momento em que a Seleção Brasileira vive sentimentos opostos, pois o grande futebol da estreia diante da Sérvia, quando fez 2 a 0, na última quinta-feira (24), empolgou, mas por outro lado, as lesões de Neymar e Danilo na partida provocaram desilusão, a comissão técnica optou pela segurança na entrevista coletiva deste sábado (26), antevéspera da partida contra a Suíça, que pode significar a classificação às oitavas de final do vencedor, já que ambos venceram na primeira rodada do Grupo G. E quem falou com os jornalistas foi o “bombeiro” Casemiro, uma das marcas do trabalho de Tite na equipe canarinho.

O jogador do Manchester United, da Inglaterra, integra o Top 3 de quem mais atuou com o treinador, no geral e no ciclo da Copa do Catar. E durante a conversa com os jornalistas, que lotavam a sala de coletivas do Grand Hamad Stadium, onde o Brasil treina em Doha, mostrou a mesma segurança de dentro do campo na hora das respostas.

No meio do papo, ele deixou claro porque da opção de ele falar ao revelar um apelido que ganhou do treinador italiano Carlo Ancelotti nos tempos de Real Madrid, da Espanha: “Ancelotti brincava que eu era bombeiro do time no Real Madrid, pois apagava o fogo. Fico feliz, pois esse é meu trabalho, dar equilíbrio, ajudar a defesa e a equipe a ganhar”.

Neymar

Um dos capitães do time de Tite, que não gosta de um jogador fixo na função, o camisa 5 não fugiu das respostas. E de cara destacou tudo o que Neymar significa para a Seleção Brasileira.

“Neymar é jogador excepcional, um dos melhores do mundo, que infelizmente não vai estar no próximo jogo. Mas temos jogadores de qualidade. Claro que comparar com o Neymar é difícil achar do nível dele, mas tem gente de qualidade para repor”, afirmou o volante.

E os elogios seguiram: “se ficarmos falando das qualidades do Neymar e da importância dele ficaremos dias. É o grande jogador nosso, o craque, que faz a diferença. Mas temos outros grandes jogadores. Lá atrás a gente até brinca que dá pena dos adversários, pois o leque de opções ofensivas é muito grande. Isso é importante para a gente, mas precisamos ser realistas e temos que falar que o Neymar é o grande craque do nosso time”.

Ao mesmo tempo que destaca a qualidade do camisa 10, ele revela o papel como um dos experientes do grupo na relação com os vários garotos que Tite trouxe ao Catar.

“A partir do momento que você quer transmitir alguma coisa para os mais novos, que são de alto nível, é preciso passar tranquilidade e para ele não se acanhar numa Copa do Mundo. Seguir fazendo o que fazia no seu clube, pois se está aqui conosco é o bom trabalho na sua equipe que o trouxe para estar aqui com a gente”, afirmou Casemiro.

‘Substituto’

A perda de Neymar, principalmente se Fred for o seu substituto, aumentará e muito a responsabilidade de Lucas Paquetá, um dos garotos que estreiam em Copas, a partir do jogo contra a Suíça, mas isso não assusta Casemiro.

“Sem dúvida nos últimos dois, três anos é o jogador que mais evoluiu, correspondeu, é titular e muito importante. É muito dinâmico, moderno, consegue jogar por fora, por dentro, falso 9. É um privilégio ter o Paquetá no nosso lado”, garantiu o camisa 5 de Tite.

Destacando a qualidade de Neymar, apostando na qualidade do seu substituto, elogiando quem vai ter que assumir mais protagonismo com a ausência do camisa 10, Casemiro justificou mais uma vez o apelido de Bombeiro dado por Carlo Ancelotti.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro
Mineiro de Formiga, Wellington Campos está na Rádio Itatiaia desde agosto de 1990, atuando como correspondente no Rio de Janeiro, cobrindo o dia-a-dia da CBF, Seleção Brasileira e STJD, além dos clubes cariocas e os esportes olímpicos. Participou das coberturas das Copas do Mundo de 1994 (EUA), 1998 (França), 2002 (Coréia do Sul e Japão), 2006 (Alemanha), 2010 (África do Sul) e 2014 (Brasil).

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