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Gabi Melim mostra que parte do rosto ficou ‘congelada’ após diagnóstico de paralisia de Bell

Cantora passa por tratamento em busca da cura completa

Diagnosticada com paralisia de Bell, Gabi Melim, de 30 anos, mostrou que o lado direito do rosto ficou “congelado” por conta da condição, que, segundo ela, foi causada pela ansiedade.

Ao Domingo Espetacular, ela relatou que o primeiro sintoma foi um gosto metalizado na boca que, logo depois, começou a paralisar. “Meu olho também não estava fechando muito bem, minha cara já estava congelando e aí fizemos exames para descartar algo mais grave, como AVC, por exemplo”, destacou ela.

Gabi admite: “Dá um pouco de medo, tem momentos que baixa um pouco a minha energia e fico um pouco triste”, diz.

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Outros artistas, como Angelina Jolie e Justin Bieber, também já tiveram a condição. “Quando o Justin Bieber teve foi por conta da herpes, que é diferente da que eu tive”, esclarece.

Ela descreve as principais dificuldades. “Você não sente aquele prazer comendo, às vezes vaza um pouquinho [de comida]. Pra dormir também, você tem que fazer aquela oclusão com a fita, isso também incomoda bastante”, conta.

Sobre todo o ocorrido, ela diz que tirou uma “lição”, que é “não levar tudo com tanto peso”.

O tratamento de Gabi inclui sessões de fisioterapia e medicação.

Paralisia de Bell

O neurocirurgião Felipe Mendes esclarece sobre a condição: “A paralisia de Bell é uma condição que resulta na fraqueza súbita ou paralisia dos músculos de um lado do rosto. Normalmente, essa paralisia afeta apenas um lado, deixando o rosto com uma aparência assimétrica, com desvio da rima labial e dificuldade de fechar um dos olhos.”

O psiquiatra Lucas Souza explica a relação da condição com a saúde mental. “Estados mentais sempre vão estar relacionados com o sistema imunológico. Por isso que doenças autoimunes ou crônicas (principalmente dor crônica/ fibromialgia) costumam acompanhar o estado emocional de cada pessoa, influenciando em crises ou piora”, inicia.

“Bell é uma doença específica; tendo múltiplas causas, como infecções, metabólicas e mesmo vasculares, como AVC. Infecções crônicas, como as causas pelo vírus Herpes, podem reativar em oscilações emocionais, principalmente transtornos ansiosos, sendo utilizado por alguns pacientes como ‘termômetro’ emocional”, acrescenta o psiquiatra.

No entanto, ele pontua: “Agora, como Bell é multifatorial, não podemos afirmar que a ansiedade aumenta a suscetibilidade, mas pode contribuir, por existir a relação entre o humor e o sistema imunológico/ inflamatório.”


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
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