A coroação de Rei Charles III completa um ano nesta segunda-feira (6). E, no decorrer deste período, o monarca enfrentou períodos difíceis, incluindo um câncer e uma crise familiar que iniciou antes mesmo de ele receber o título.
Em 6 de maio do ano passado, Charles III foi corado rei ao lado de sua esposa Camilla em uma cerimônia solene que não acontecia no Reino Unido há sete décadas.
Na Abadia de Westminster, no centro de Londres, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja da Inglaterra, colocou na cabeça de Charles a coroa de Santo Eduardo. Ela não era usada desde a coroação da rainha Elizabeth (1926-2022), em 1953.
Mesmo com chuva, uma multidão acompanhou a coroação e aplaudiu o momento. Logo depois de Charles, Camilla foi coroada.
Na primeira fileira, o príncipe William e a princesa Kate Middleton acompanhavam a cerimônia religiosa, um ritual milenar que quase não mudou, conforme a imprensa britânica. A solenidade contou com cânticos de corais, sermões e leituras do evangelho.
O príncipe Harry se sentou ao lado dos primos na terceira fileira. Sua esposa, Meghan Markle, não compareceu à cerimônia. Ela permaneceu na Califórnia, com os dois filhos do casal.
Pouco depois, Charles III e Camilla colocaram capas cerimoniais, após uma passageira procissão de carruagem que iniciou no Palácio de Buckingham. O rei colocou a mão na bíblia e fez seu juramento. No fim, o arcebispo Welby convocou a todos a fazerem um juramento de lealdade ao rei.
Simbólica e usada apenas durante a coroação, o monarca depois trocou a coroa de Santo Eduardo por outra cravejada em diamantes, assim como a usada por Camilla.
Câncer
Em 17 janeiro, o Palácio de Buckingham destacou que o rei Charles esteve em uma clínica de Londres para um “procedimento corretivo” devido ao aumento benigno da próstata. Ele descobriu o tumor após um check-up enquanto estava em sua residência em Birkhall, em Aberdeenshire, na Escócia.
Charles ficou internado por três dias na unidade de saúde e recebeu alta no dia 29 daquele mês. À época, foi informado que ele “estava bem”, e que Kate Middleton passou por uma cirurgia abdominal bem-sucedida. A princesa foi liberada e, posteriormente, o monarca deixou a unidade.
Durante o tratamento, foi identificada “uma forma de câncer” e, por isso, o rei recebe cuidados desde então.
No dia 30 de abril, ele retornou à vida pública, conforme divulgou o Palácio de Buckingham. “Os próximos compromissos serão adaptados quando necessário para minimizar quaisquer riscos à recuperação contínua de Sua Majestade”, destacou o texto.
Além do monarca, Kate Middleton também foi diagnosticada com câncer e passa por quimioterapia preventiva. A princesa, inclusive, foi agraciada pelo rei com o título de Companheira Real da Ordem dos Companheiros de Honra.
Crise familiar
Em maio do ano passado, poucos dias após a coroação, a imprensa britânica destacou que a relação entre Charles e Camilla estaria estremecida.
O motivo seria o convite de Charles ao príncipe Harry para a coroação, após ele romper com a família real. “Camilla concorda com o príncipe William que este foi um movimento covarde e Charles deveria ter banido Harry e Meghan do reino - enviando a mensagem clara de que isso não será tolerado”, disse uma fonte ao Radar Online.
“Ela acredita que a decisão de Charles enfraqueceu a popularidade deles”, acrescenta. O rei, inclusive, estaria “estressado” e “sem paciência” para tentar agradar sua “exigente esposa”.
Para um especialista em assuntos reais, a relação entre os irmãos “nunca será curada”, ainda mais após a publicação de “Spare”, polêmico livro de memórias de Harry.
Em um trecho, o duque de Sussex, que abriu mão da realeza, afirma que William chegou a agredi-lo em uma das brigas que tiveram, o que teria o deixado “furioso”.
