O candidato à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler (PL), revelou, neste domingo (13), durante uma agenda de campanha com lideranças de uma igreja evangélica no bairro Carlos Prates, região Noroeste da capital, que está perto de formalizar o apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para o segundo turno das eleições municipais.
“Quero agradecer a boa vontade do Partido Novo e do governador. Ele mesmo já foi à imprensa dizer que faltam detalhes para formalizar o apoio. Espero que, em breve, a gente possa fazer o anúncio”, afirmou.
De acordo com Engler, o apoio de Zema será benéfico em uma eventual administração na PBH. “Todos que quiserem se juntar ao nosso projeto de mudança para BH serão muito bem-vindos. O governador é importante, primeiro pela liderança que ele tem, e segundo para dizer que, a partir do ano que vem, quando eu for eleito, a gente vai ter uma prefeitura que constrói soluções junto ao governo de Minas, pois hoje temos uma prefeitura que não constrói nada, não dialoga com o governo do Estado”.
O candidato ainda disse que negocia também o apoio do deputado estadual e terceiro colocado no primeiro turno, Mauro Tramonte (Republicanos), que foi formalmente apoiado por Zema na primeira parte da disputa. Engler disse que a relação que tem com o senador Cleitinho, que é do mesmo partido de Tramonte, pode ajudar nas articulações.
“Temos o apoio do senador Cleitinho, que é do Republicanos, desde o primeiro turno, e estamos conversando com a direção do partido para ter o apoio formal do Mauro Tramonte, que teve votação expressiva no primeiro turno”.
Ataques a Fuad
Bruno Engler aproveitou sua visita à igreja evangélica para atacar seu adversário no segundo turno, Fuad Noman (PSD). Engler voltou a citar a ausência do atual prefeito e candidato à reeleição nos debates.
“O prefeito, de maneira covarde, se recusa a debater comigo. Segundo ele, ele não tem tempo, mas tem tempo para dar entrevista, tem tempo para fazer campanha, tem tempo para todas as atividades do prefeito eleitoral, menos o debate. Por que será? Será que é porque ele não consegue explicar a sua relação escusa com as empresas de ônibus que o financiam? Será que é porque ele não consegue explicar por que ele renovou o contrato de limpeza da Lagoa da Pampulha por 22 milhões de reais sem licitação?”, disparou.
Ao mesmo tempo, o candidato fez um aceno aos prefeitos das cidades da região metropolitana que, neste sábado, se encontraram com Fuad. Ele disse que pretende estabelecer um diálogo com todos na prefeitura.
“Vou construir políticas públicas com os municípios da Região Metropolitana. A gente vai dialogar com todos os prefeitos. Não vejo nenhum problema se agora eles querem que eu ganhe ou não a eleição. O mais importante é trabalharmos para a população, respeitando sempre as vontades do eleitor”, disse.