O senador Carlos Viana (Podemos), que disputou o primeiro turno das eleições, mas acabou ficando em sétimo lugar na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, planeja fazer uma viagem para a China entre o dia 17 e o dia 25 de outubro.
Viana afirmou que a viagem seria para tratar de um acordo bilateral entre Brasil e o país asiático, no setor de aeronaves. De acordo com ele, uma empresa que fabrica aviões e é concorrente da estadunidense Boeing e da europeia Airbus está querendo investir no mercado brasileiro.
“Eles precisam da homologação do nosso certificado e a Embraer quer vender aviões na China. Nós, do Brasil, podemos trazer os aviões da Comac e, ao mesmo tempo, abrirmos o mercado que é gigantesco em toda a Ásia para a Embraer através do governo chinês”, explicou.
A viagem de Viana à China ocorre após o primeiro turno das eleições. Publicamente, até o momento, o senador não se manifestou sobre o resultado, que o deixou em sétimo lugar na disputa.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, Carlos Viana chegou a dizer que o resultado das urnas foi muito “aquém” da expectativa. O senador acredita que o pleito se radicalizou entre esquerda e direita, o que teria levado em uma divisão de votos entre ele, Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL).
Em 2024, Viana teve apenas 12.717 votos válidos (equivalente a 1%). O senador teve o voto ‘mais caro’ dentre seus concorrentes. Um levantamento feito pela Itatiaia mostrou que foram R$ 211,83, por cada voto.
Em 2018, quando concorreu para senador, ele obteve 3.568.658 votos válidos em Minas Gerais e 842.544 só em Belo Horizonte. A título de exemplo, com esses números neste pleito, o senador conseguiria se eleger em primeiro turno como prefeito da capital mineira.
De acordo com as datas dadas pelo senador, ele estará de volta ao Brasil antes do segundo turno, que acontece no dia 27 de outubro. Até o momento, Viana não declarou apoio formal a nenhum dos dois candidatos que disputam a prefeitura de BH.
Polêmicas durante a campanha
Antes das convenções partidárias houve idas e vindas sobre quem seria a candidata a vice-prefeita de Viana. O candidato escolheu Kika da Serra (Podemos), liderança comunitária no aglomerado da Serra, porém o nome registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi o de Renata Rosa (Podemos).
Viana chegou a trocar farpas com a deputada federal Nely Aquino que chegou a sugerir que o candidato se desfiliasse do partido. No fim, Kika da Serra desistiu da candidatura e Renata Rosa foi o nome oficial.
Já durante a campanha eleitoral, Viana chegou a propor, se virasse prefeito, a instalação de um letreiro, estilo Hollywood, escrito “Belo Horizonte” na Serra do Curral; implementar um sistema de vans na capital, caso as empresas de ônibus não cumprissem os contratos e a “devolução” de pessoas em situação de rua, qu estão em BH, para suas respectivas cidades de origem.