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Rogério Correia defende demissão de Silvio Almeida: ‘presidente agiu rápido’

Candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte comentou sobre a baixa no governo Lula, após denúncias de assédio sexual

A demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual contra uma colega e outras servidoras repercutiu na campanha em Belo Horizonte. O candidato do PT, deputado federal Rogério Correia, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu rápido e que faria o mesmo se um caso semelhante ocorresse durante sua gestão na Prefeitura de Belo Horizonte.

“O presidente Lula agiu rápido e fez o que tinha que ser feito. Se teve alguma denúncia de assédio, isso tem que ser investigado e, enquanto isso, afasta o ministro e coloca outro no lugar. Assédio sexual não é admitido no nosso programa de forma nenhuma”, afirmou.

Rogério cumpriu duas agendas de campanha neste domingo (8). Participou da inauguração do comitê do PSOL, na rua da Bahia, e visitou a sede da Kolping Brasil, uma associação sem fins lucrativos que atua na superação da pobreza por meio de formação e trabalho.

O candidato relacionou o caso de Silvio Almeida a uma eventual administração sua em Belo Horizonte e reafirmou o compromisso de criar uma secretaria municipal de Mulheres.

“Acho que o presidente agiu de forma correta e eu, no meu governo, vou fazer isso também. Qualquer denúncia que tenha no meu governo, vamos afastar, vamos realocar, se houver denúncia de que nosso programa está sendo descumprido. Neste caso, sou muito firme na questão da defesa das mulheres. Vou criar, inclusive, uma secretaria de mulheres em Belo Horizonte, é compromisso que eu tenho com todas elas. Teve assédio no meu governo? De jeito nenhum a gente admite”, afirmou.

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Ministro demitido

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido do cargo na última sexta-feira (6), após um ano e nove meses à frente do cargo. O advogado e filósofo foi chamado a uma reunião com o presidente Lula após denúncias de assédio sexual — inclusive contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco — terem vindo à tona por meio da organização Me Too Brasil.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que Lula “considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”.

O texto aponta que Almeida foi convocado para uma conversa no início da noite “diante das graves denúncias” e que Lula “decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania”. O governo encerra a nota afirmando que “nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”.

Silvio Almeida negou as acusações e disse que pediu que Lula o demitisse para que houvesse liberdade e isenção às apurações que se seguiram às revelações sobre o caso.

“Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal”, disse em nota.


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