Sabatinado pela CNN na tarde desta sexta-feira (6), o candidato à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler (PL), foi questionado sobre o ato de campanha que contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao avaliá-lo, Engler disse que não considerou o evento esvaziado e desafiou outro candidato a atrair um público igual ou maior.
O evento de apoio à candidatura de Bruno Engler, no BeFly Hall, na avenida Nossa Senhora do Carmo, região centro-sul de Belo Horizonte, ocorreu na noite da última quinta-feira (5). Além do ex-presidente, estavam presentes a ex-primeira Dama, Michelle Bolsonaro, e figuras do partido, como Nikolas Ferreira e o Senador Flávio Bolsonaro.
“A gente precisa entender a realidade do momento. O presidente Bolsonaro teve três agendas na região metropolitana e a nossa agenda foi a terceira do dia. Numa quinta-feira à noite, dia útil, a gente colocou mais de duas mil pessoas lá no BeFly Hall”, explicou.
“Eu inclusive desafio qualquer outra campanha aqui em Belo Horizonte colocar um número semelhante, mais de duas mil pessoas e sem pagar ninguém. Porque é um lema da nossa campanha, nossa militância sempre grita ‘eu vim de graça’”, cutucou Bruno Engler.
Apoio político
Bruno Engler disse que o apoio político de Jair Bolsonaro é primordial para a sua campanha. “Bolsonaro é uma pessoa querida pelos belorizontinos e eu não tiro isso de achismos, eu pego o resultado das eleições” - Bolsonaro ganhou em todos os turnos que concorreu em BH.
O candidato, que se coloca como a candidatura da direita hoje em Belo Horizonte, também comentou o fato de Romeu Zema não ter declarado apoio direto a ele. “A minha candidatura é claramente a candidatura de direita em Belo Horizonte e é fato que eu convidei o governador pra caminhar conosco”.
“Eu recebei com estranheza o governador subir no palanque com Kalil, que é uma figura de esquerda. (...) Eu continuo sendo base do governo de Romeu Zema, só que com devidas ressalvas”, colocou Bruno Engler.
Incentivo Fiscais
O candidato de direita afirmou que, se eleito, vai aumentar a arrecadação, ao mesmo tempo que se comprometeu em não aumentar os impostos. “O pessoal acha que mais imposto é mais arrecadação, mas eu costumo dizer, 20% de 200 é 40 e 30% de 100 é 30, então as vezes é melhor você cobrar menos que você vai gerar mais riqueza e vai conseguir arrecadar mais”, explicou.
“Os incentivos fiscais vão atrair empresas de tecnologia para nossa cidade. Muitas startups nascem aqui e depois vão para outros centros, onde tem condição melhor para prosperar e esse setor gera muita receita, então a gente quer trazer pra BH”, defendeu o candidato.