Os candidatos à Prefeitura de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, responderam, no segundo bloco do debate promovido pela Itatiaia, a questões de moradores da cidade sobre variados temas. Participam do encontro Diogo Fernandes (Novo) e Vicente Mendonça (PT). Entre os questionamentos estão as áreas da saúde, educação e trânsito.
Sobre a mobilidade na cidade, o candidato Vicente disse que Neves depende de recursos do governo federal para realizar investimentos. “Ribeirão das Neves sempre buscou, junto ao governo federal, emendas para resolver o problema. Sempre dependemos deste recurso. A segurança, faixas, passeios, a gente sabe que é uma obrigação do morador, mas podemos buscar apoio para dar acessibilidade, que não é tão boa para cadeirantes e outras pessoas que necessitam. As sinalizações, também, precisamos melhorar a segurança no momento de travessias, porque ainda são poucas”, disse.
Em seu comentário, Diogo defendeu investimentos na segurança do pedestre “É importante, para garantir a segurança dos pedestres, uma melhor mobilidade urbana e até melhorar o desenvolvimento da cidade. Hoje temos uma cidade que está sendo construída de forma desordenada. Não existe cobrança sobre código de posturas, código de obras e por aí vai. Teremos atenção para seguir estas normatizações para o convívio social e não vamos esquecer de garantir a segurança dos pedestres em relação a escolas, hospitais, melhor acessibilidade nos ônibus. Enfim, garantir que o cidadão e o empresário possam se relacionar da melhor forma possível”.
Filas na saúde
Outro ponto levantado pelos moradores de Ribeirão das Neves foi a saúde, especialmente a demora para conseguir atendimento e exames na rede pública. Para Diogo Fernandes, a cidade convive com falta de investimentos no setor.
“Apelamos para a graça divina para não adoecer. Porque em 8 anos, Ribeirão das Neves não teve gestão na saúde. Tivemos 5 secretários municipais de saúde, o que mostra que a cidade nunca teve um planejamento. Hoje o que temos é o pronto atendimento. Se tiver médico e medicamento você é atendido. Se não você fica na fila esperando. Precisamos reestruturar a saúde em todos os cenários. Desde a atenção primária, o SAMU. Vamos ter respeito pelo dinheiro público, trabalhar para reduzir filas de cirurgias eletivas. Consertar equipamentos na cidade, investir no servidor, em capacitação, valorização, trazer a tecnologia. Vamos transformar a saúde de Ribeirão das Neves”, disse.
Já Vicente Mendonça prometeu mais investimentos em unidades de saúde. “Hoje não temos medicamentos nos postos, exame de sangue de rotina, então gerou um grande problema nessa gestão. O diabético não tem onde consultar mais, a gestante não tem mais exame de sangue - é uma situação complicada. Vamos descentralizar a saúde. Reconstruir o que está parado, temos um hospital em Justinópolis, vamos ter que terminar a obra e colocá-lo para funcionar. Criar um centro de especialidades, a saúde descentralizada. Só temos centros especializados no Centro. Temos que trazer para Justinópolis o Centro Especialidades com médicos para melhor atender a população”.
Educação
Diogo Fernandes e Vicente Mendonça também foram questionados sobre a situação das escolas de Ribeirão das Neves e a qualidade do ensino. Para Vicente, a prioridade deve ser o desenvolvimento das creches em tempo integral.
“Nossa proposta é trazer a creche integral nas três regiões: Justinópolis, Centro e 040. Porque hoje o que mais precisa é da escola integral e de creches para atender nossa comunidade. E temos que ampliar a escola. A cidade cresceu muito e essa gestão não construiu escola nenhuma. Precisamos olhar para o profissional, fazer concurso público, processo seletivo simplificado para que a gente possa atender melhor nossos alunos e nossos profissionais”, afirmou.
Em seu comentário, Diogo se mostrou preocupado com a qualidade do ensino na cidade: “Hoje nossos jovens saem do ensino médio com dificuldades de fazer matemática básica e conseguir interpretar um texto. Precisamos garantir uma reestruturação que comece lá atrás, e para isso precisamos garantir um aumento qualitativo nas creches da nossa cidade e garantir transparência. Precisamos garantir que o conteúdo seja devidamente aprendido pelos alunos e que tenhamos diagnósticos para reforçar os que não conseguem acompanhar”.