O senador Carlos Viana, candidato do PL ao governo de Minas, defendeu a distribuição de recursos do orçamento feita pelos deputados e senadores, que ficou conhecido como ‘orçamento secreto’ por não apontar detalhes sobre onde as verbas são destinadas.
O caso foi levado ao Supremo Tribunal Federal no final de 2021 e o Judiciário cobrou dos parlamentares os detalhes sobre para onde foram destinadas as emendas do ‘orçamento secreto’. Viana apresentou o número de emendas que ele liberou, mas não detalhou os municípios e os valores de tais emendas.
“Problema é narrativa”
“O problema é a narrativa como isso foi construído. No passado, na época em que o PT governava, esse dinheiro ia para os ministérios, e os ministérios faziam essa distribuição para quem fosse amigo do poder. Hoje, temos a base do governo em que nós no parlamento é quem fazemos essa distribuição para a base. É da política isso, acontece no mundo todo”, disse o candidato.
Segundo ele, as informações estão todas disponíveis em suas redes sociais e os recursos beneficiaram dezenas de cidades em várias regiões do estado.
Redes sociais
“Não há nenhum real liberado do dinheiro público que não seja publicado. O problema é que as pessoas querem que você vá lá e diga assim, ‘cidade tal recebeu tanto’. Olha no meu site, na minha rede social. Todo dinheiro que eu entreguei, em 38 cidades do Jequitinhonha, tenho projetos de renda e de maquinário. Que na virada do ano quando choveu muito, foram as únicas máquinas que os prefeitos tiveram para salvar a produção de leite na região”, afirmou Viana.
A principal crítica de especialistas ao chamado ‘orçamento secreto’ é que a destinação de recursos, sem um acompanhamento por parte dos órgãos oficiais de controle, dificulta a fiscalização sobre como os recursos são aplicados.