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Presidente do Vitória promete pagar e encerrar transfer ban: ‘Livres disso’

Vitória tem uma dívida na CNRD com diversos jogadores, treinadores, empresários, estimadas em R$ 30 milhões

Fábio Mota, presidente do Vitória

Fábio Mota, presidente do Vitória

Vitória/Divulgação

Com o acesso à Série A sacramentado, o Vitória quer agora se livrar de um problema que tem perseguido o clube ao longo deste ano: o “transfer ban”. O clube foi notificado há duas semanas por descumprimento no pagamento de dívidas pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) - órgão criado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para resolver conflitos. O presidente fábio Mota prometeu pagar a fatura em aberto nesta semana.

“Vamos pagar, mas sem pressa, porque agora a janela [de transferências] está fechada. Não adianta, não vamos contratar ninguém e, para renovar contrato, não precisamos também. Então, até 2 de janeiro temos R$ 1,03 milhão. Vamos pagar, sim, até essa semana para se livrar logo disso”, disse Fábio Mota.

O Leão está notificado pelo CNRD, que pede um “transfer ban” de seis meses ao clube. A medida impediria o Rubro-negro de registrar novos jogadores pelo referido período. Especificamente sobre esta nova notificação, a cobrança ao Vitória é de R$ 576.738,61. O clube deveria ter pago a dívida até o último dia 30 de outubro. Vale lembrar que, em junho, o Leão passou por situação semelhante, mas conseguiu um acordo.

“Esse tranfer ban é um acordo que fizemos na CNRD. O Vitória tem uma dívida com diversos jogadores, treinadores, empresários, em gestões passadas, de R$ 30 milhões. Fizemos um acordo para fazer um parcelamento neste ano. Entre novembro e dezembro temos que pagar este R$ 1,03 milhão, mas temos problemas com dívidas em outras praças que bloquearam as contas do Vitória”, detalhou Mota.

“Chegou o dia de pagar [30 de outubro], não pudemos pagar e caímos no transfer ban. O dinheiro agora a gente já tem que é o mais importante, e devemos pagar ainda nesta semana. Vamos ficar livres disso este ano. Mas ano que vem tem que pagar o parcelamento. O Vitória, por exemplo, paga Jordy Caicedo, atleta jogou aqui. O parcelamento dele e ainda vamos pagar por uns dois anos. São muitas dívidas que herdamos”, acrescentou o presidente.

A dívida de Jordy Caicedo, citada pelo presidente, é com o Universidad Católica-EQU, pela comra, em 2019, dos direitos do atleta por R$ 3 milhões.

Vitória tem saneado dívidas

O Vitória foi o único dos grandes clubes nordestinos que conseguiu apresentar um balaço, relativo a 2022, com superávit. Entre receitas e despesas, um total de R$ 33 milhões foram abatidos na dívida líquida rubro-negra no ano passado - após uma sequência de cinco anos consecutivos de déficits.

Um saldo que veio, essencialmente, graças a adesão do clube ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), renegociando, em agosto de 2022, o débito de R$ 117 milhões junto à Receita Federal.

A ação possibilitou ao clube reduzir de R$ 117.059.633,90 para R$ 59.754.782,16 os débitos que se encontravam registrados em Dívida Ativa na PGNF (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional). Em entrevista este ano à Itatiaia, o presidente Fábio Mota explicou como vem fazendo para lidar com as dívidas do clube.

Natural do Recife e com grande experiência na cobertura esportiva, Daniel é correspondente do portal Itatiaia Esporte no Nordeste. Tem passagens por Diário de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, atuou por O Jogo e Sport Magazine.. Mestre e doutorando em Comunicação pela UFPE.
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