À frente da equipe do Vitória na campanha que terminou com o título da Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Léo Condé realizou uma autoavaliação do seu trabalho pelo clube na temporada 2023. Feliz com o desfecho do ano, o treinador de 45 anos afirmou que se dedicou dia e noite, entregou-se por inteiro ao Leão.
“A gente terminou com chave de ouro, mas a gente não pode esquecer do trabalho que vem sendo realizado no clube desde o ano passado. Os atletas que fizeram a campanha espetacular do ano passado, o João Burse (técnico) e a comissão técnica. Eles foram muito importantes também”, começou por dizer.
“Começamos mal, mas tivemos 40 dias para criar uma unidade no clube e ter tranquilidade para trabalhar. Aquela sequência de cinco vitórias no início do campeonato foi muito importante, porque a Série B é muito longa. Evitou que nos nossos percalços a gente caísse na tabela e nos deu mais tranquilidade”, relembrou Condé.
Conforme disse Condé, a equipe rubro-negro viveu um começo de 2023 ruim. Foi eliminada por antecipação de todas as competições disputadas no início primeiro semestre: no Campeonato Baiano, ficou fora das semifinais da competição local pelo quinto ano consecutivo, caindo também precocemente na Copa do Brasil (diante do Nova Iguaçu-RJ) e na fase de grupos da Copa do Nordeste. Porém, deu a volta por cima.
“A gente é passageiro nesse clube. O maior patrimônio de um clube é sua torcida, é um legado passado por muitos anos. Os atletas passam, os dirigentes passam, mas a torcida fica. Sempre acompanhei o Vitória na década de 1990 como um protagonista. O futebol estava sendo injusto com uma agremiação dessa, com a história que tem. Em jogos do Vitória, como o de hoje, esse estádio se torna um verdadeiro santuário”, afirmou, sobre o jogo em que o Vitória venceu o Sport, no último sábado (18).
“O Vitória entrou para brigar por acesso e título. Tudo o que a diretoria ofertou, salários em dia, boa estrutura e o apoio da torcida foram diferenciais. Nos últimos cinco anos eu consegui dois acessos da Série C para a B, com Botafogo (SP) e Novorizontino. Também bati na trave três vezes com o Sampaio Corrêa. Mas nesse ano foi diferente”, pontuou Condé.
O técnico falou também sobre o futuro, revelou que ainda não conversou sobre a possível renovação de contrato.
“A gente estava altamente focado na disputa da Série B, ainda mais nos últimos dias de reta final. O clube está se planejando. Tem um departamento específico para traçar a temporada que vem, e o Fábio Mota também está tocando isso. Esses nove meses eu me dediquei de corpo e alma. Trabalhei dia e noite pelo clube. Meu contrato é até o fim do campeonato, mas não chegamos a conversar. Ainda vamos conversar em um momento oportuno. Claro que o treinador sempre quer continuidade, ainda mais em um clube estruturado e bem dirigido”.