O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (21) que o governo tem o apoio do Congresso para aprovação das pautas econômicas que devem garantir o aumento de arrecadação e manter viva a meta fiscal de déficit zero para 2024. O ministro chegou a afirmar que o trabalho é lento junto aos congressistas porque, no país, o rico pagar imposto ''é um trabalho pedagógico’’.
O ministro participou nesta terça da ''Conversa com o presidente’’ - o programa semanal da presidência da República exibido pela Empresa Brasil de Comunicação. Haddad fez questão de afirmar que o primeiro ano de trabalho da equipe econômica do governo foi difícil devido aos gastos descontrolados da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro citou os gastos milionários de Bolsonaro na reta final das eleições do ano passado na tentativa de se manter no poder. ''Nós estamos há um ano tentando botar ordem no orçamento federal’’, disse.
Desenrola Brasil
O ministro fez ainda um balanço do número de dívidas negociadas até agora pelo programa Desenrola Brasil para negociação de dívidas, que iniciou uma nova fase nessa segunda (20).
Segundo o ministro da Fazenda, até agora, o governo já negociou dívidas de sete milhões de brasileiros e que a expectativa é a de que esse número chegue a 30 milhões de pessoas beneficiadas pelo programa. O ministro pediu que as pessoas não tivessem vergonha de procurar o banco e negociar os débitos. Haddad afirmou ainda que ‘o ‘Brasil é um país digital’’ e que quem não tivesse segurança em fazer o processo pela Internet poderia buscar as agências bancárias. A partir de amanhã (22), a Caixa Econômica Federal deve abrir uma hora mais cedo para o atendimento à população.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou da importância do programa para fazer com que as pessoas, com o nome limpo, voltem a comprar e fazer a economia girar por meio do consumo e da geração de empregos. “Eu quero que você acompanhe (se referindo ao ministro Haddad) como se você tivesse acompanhando a vida da sua filha. Nós precisamos fazer esse país dar certo”, disse.