Especulado para a cadeira desocupada com a aposentadoria da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, irá ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (3) à tarde para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A previsão é que eles se debrucem sobre assuntos atrelados à Advocacia-Geral da União (AGU), mas o pano de fundo da reunião é a escolha de Lula para a Suprema Corte. Além de Messias, o presidente avalia também os nomes do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas.
Entre os assuntos que podem ser abordados na reunião desta sexta-feira está a negociação entre a AGU e o STF sobre o índice de correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Na próxima quarta-feira (8), o tribunal julgará a legalidade da Taxa Referencial para correção das contas.
Briga pelo STF. Os nomes de Dantas, Dino e Messias estão no páreo há, pelo menos, três meses e já eram ventilados na posse do ministro Cristiano Zanin, indicado por Lula que herdou, em agosto, a cadeira de Ricardo Lewandowski.
Quem são os ministros do STF?
Ministro Roberto Barroso: advogado constitucionalista indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu em junho de 2013; nesta quinta-feira (28), foi empossado presidente do Supremo Tribunal Federal (STF);
Ministro Gilmar Mendes: ex-advogado-geral da União indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assumiu o cargo em 20 de junho de 2002; é o mais antigo da Corte;
Ministra Cármen Lúcia: segunda mulher a integrar o STF, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu primeiro mandato, assumiu em 21 de junho de 2006;
Ministro Dias Toffoli: indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu segundo mandato, assumiu o cargo em outubro de 2009;
Ministro Luiz Fux: ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu em março de 2011;
Ministro Edson Fachin: advogado também indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu em junho de 2015 na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa;
Ministro Alexandre de Moraes: ex-ministro da Justiça indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), assumiu em março de 2017, ocupando a cadeira vaga após a morte do ministro Teori Zavascki;
Ministro Nunes Marques: desembargador indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu em novembro de 2020 para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Celso de Mello;
Ministro André Mendonça: advogado, pastor e ex-ministro da Justiça, é o “terrivelmente evangélico” do ex-presidente Jair Bolsonaro — e por ele indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF); assumiu o cargo em dezembro de 2021;
Ministro Cristiano Zanin: ex-advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo da Lava-Jato, indicado pelo petista, assumiu o cargo em agosto de 2023 para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria compulsória de Ricardo Lewandowski.