Moraes prorroga investigação contra Bolsonaro por falas sobre vacina
Fala em transmissão ao vivo do presidente com associação entre a vacinação e o aumento das pessoas com HIV foi duramente criticada por especialistas
O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid-19 ao vírus da aids.
Uma das movimentações mais recentes do inquérito foi o envio, pelo Google, da íntegra da transmissão ao vivo em que o presidente divulgou, em outubro de 2021, a informação falsa sobre a vacina. Em abril, quando autorizou uma outra prorrogação do inquérito, também a pedido da PF, o ministro havia autorizado que os investigadores oficiassem a plataforma, em busca da gravação.
A live em que o chefe do Executivo cita uma falsa relação entre vacinas contra covid-19 e aids foi removida das redes sociais - Facebook, Instagram e YouTube. Quando derrubou o vídeo, a plataforma de vídeos registrou, em nota: "Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas".
“Só vou dar notícia, não vou comentar. Relatórios do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto. Leiam a matéria. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo que colocou a cara a tapa nesta decisão”, afirmou Bolsonaro na live.
O inquérito prorrogado por Alexandre foi aberto a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que encaminhou o requerimento à corte na reta final da CPI da Covid para que fossem averiguadas as declarações do presidente por, segundo ele, fazerem parte de um "contexto bastante mais amplo de sucessivas e reiteradas manifestações criminosas".
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