O PSDB oficializou nesta quinta-feira (9) o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência da República e indicou o nome do senador Tasso Jereissati (CE) como vice da chapa. O acordo enfrentou resistências de algumas alas do partido, como o do PSDB mineiro, que acabou sendo derrotado.

Durante encontro realizado com a cúpula do partido em Brasília, o deputado federal Aécio Neves se manifestou contra o apoio a Tebet, defendendo a tese de que o PSDB deveria ter um candidato próprio. Ele também acredita que o partido terá dificuldades nas alianças regionais.

"O PSDB ausente dessa eleição é muito ruim para o partido, para as candidaturas do partido, mas acredito que seja ruim para o país. (...) temo que isso não tenha correspondência na política real, nas bases do PSDB, que hoje já se dividem entre devoto em Lula e devoto em Bolsonaro que era isso que eu queria evitar com a proposta da candidatura própria", afirmou.

Tebet comemorou o apoio dos tucanos. Em uma publicação em rede social, ela afirmou se tratar de um reencontro entre as duas legendas. O PSDB nasceu de uma dissidência do MDB, ainda na década de 90.

Este é um reencontro do centro democrático não agendado pela história, mas exigido por ela. No passado, democracia, cidadania, justiça social. Hoje, pelos mesmos valores e com a mesma urgência, unimos forças por um Brasil sem fome e sem miséria

Chapa de Tebet

Com o acerto, três partidos de centro - MDB, PSDB e Cidadania - entram na campanha, na tentativa de representar a terceira via, uma alternativa à polarização entre as candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL).