Após dois dias de folga, o Palmeiras se reapresentou na manhã desta terça-feira (21), na Academia de Futebol, e deu sequência à preparação para o duelo com o Fortaleza, no domingo (26), às 18h30 )de Brasília), na capital cearense, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Por causa das temperaturas elevadas e já pensando no confronto com o Fortaleza, que deverá ser disputado em condições semelhantes às atuais da capital paulista, o Núcleo de Saúde e Performance do Verdão realizou uma sessão de aferição de perda de eletrólitos, sobretudo o sódio, e de líquidos por meio da tecnologia MX3.
Os jogadores escolhidos para utilizar o adesivo em um dos braços foram o lateral-direito Mayke e o meio-campista Zé Rafael.
A nutricionista Mirtes Stancanelli explicou a importância do método para individualizar os processos de hidratação: “Essa tecnologia do MX3 já é utilizada na Austrália há muito tempo; eles usam, por exemplo, em mineradores, que são pessoas que perdem muito sal. É um sensor que, para nós, calcula a quantidade de sódio perdida pelo atleta durante o tempo avaliado. É uma tecnologia que facilita muito o nosso trabalho”, disse a profissional à TV Palmeiras.
“O Palmeiras adquiriu há mais ou menos dois anos e nós estamos, desde então, avaliando a hidratação pela saliva e a perda de eletrólitos pelo suor, como o sódio, principalmente em dias com temperaturas muito elevadas. Tivemos na semana passada uma temperatura extrema e vamos jogar o próximo jogo com temperatura e umidade relativa do ar parecidas”, afirmou Mirtes, que contou também, com os dados em mãos, como o clube trabalha para minimizar os fatores externos no rendimento dos atletas.
“Tendo esses cenários, podemos educar o atleta a trabalhar o processo de hidratação. No processo educativo, o atleta se hidrata bem e conseguimos fazer com que ele tenha uma boa hidratação. Para fazermos a reposição de sódio em um jogo, por exemplo, é preciso saber de fato quanto ele perde”, seguiu.
A cidade de São Paulo registrou recordes de temperatura no ano nas últimas duas semanas, variando entre dias muito e pouco úmidos. Os níveis de poluição da metrópole atrapalham diretamente a respiração.
“A importância do sódio é de controle de volume sanguíneo, controle do impulso nervoso, ajuste da hidratação do corpo… ele é muito importante. Conseguimos manter a performance do atleta quando ajustamos esses níveis de sódio perdido. Lembrando que só fazemos a reposição quando há perda. Avaliamos o tempo, a carga interna, a quantidade de líquidos perdidos e o tempo que ele vai jogar. Acima de 60 minutos, fazemos a reposição caso a perda tenha sido grande”, disse.