Em 1859, a maior tempestade solar já registrada queimou todos os poucos telégrafos existentes e deixou o mundo incomunicável por meses. O fenômeno foi conhecido como Carrington Event e sobram relatos sobre o que aconteceu.
Charles Darwin, por exemplo, estava no Equador terminando a sua teoria da evolução e escreveu que era possível ver auroras boreais, como nos países nórdicos, às 2h da manhã em plena linha do Equador.
A história foi contada por um dos principais cientistas do mundo, o brasileiro Miguel Nicodelis, no Flow Podcast. Ele é apocalíptico ao falar sobre a possibilidade de um evento comparado a esse nos nossos tempos: “será o fim da era Digital”.
“A chance de a gente desaparecer é gigantesca. Charles Darwin, quando publicou seu estudo [teoria da evolução das espécies], fala que ocorreu a maior tempestade solar da história: o Carrington Event. Ele fritou todos os telégrafos”, destacou Nicodelis.
A dúvida que fica é: o que vai acontecer com o mundo se um fenômeno parecido com o Carrington Event voltar a acontecer hoje? Nicodelis responde: “Ele pode fritar os satélites. Não é só o GPS que será fritado. Vai ser tudo. A era Digital termina se tiver uma Carrington Event Plus”.
Ao lado de Nicodelis estava outro cientista renomado e que faz sucesso no Youtube, Sérgio Sacani. Ele sentencia: “Será a sexta extinção em massa. Será o fim da era Digital”.
Não é possível prever quando isso vai acontecer
Segundo os cientistas, não é possível determinar com precisão quando essa tempestade solar voltará a acontecer. No entanto, há estudos de que o fenômeno pode se repetir no intervalo de 12 anos a qualquer momento.
Se a consequência da nova tempestade solar for apocalíptica, como pensa Nicodelis, a relação do ser humano com a tecnologia precisará ser revista. No entanto, eles não elaboram o que acreditam ser o futuro deste relacionamento.