Um dos jogadores mais cobiçados do Fluminense, o volante André rejeitou diversas ofertas do futebol europeu pelo sonho da conquista da Copa Libertadores. E neste sábado (4), às 17h (de Brasília), no Maracanã, contra o Boca Juniors-ARG, ele pode atingir o objetivo. E o camisa 7 se sente aliviado.
Segundo ele, estar na final, mostra que acertou na decisão em seguir no clube que o revelou. André chegou ao Fluminense em 2013 e dez anos depois tem a chance de conquistar o maior título da história tricolor.
“Se tivesse que voltar no tempo sem saber que estaria na final, faria a mesma escolha. Agora é poder desfrutar desse momento. Saber que temos muita chance de conquistar esse título. Agora que estou na final, estou mais aliviado. Fiz a escolha certa de ficar no Fluminense. Momento especial. Agora é focar somente na final, somente no Fluminense”, destacou.
André ainda disse que a decisão de continuar no clube também serviu de aprendizado e evolução para sua carreira. Nome na lista das últimas convocações da Seleção Brasileiro, o volante pode fazer história.
“Como pessoa, me sinto muito melhor. Sabendo que quando fazemos as coisas certas, sempre acontece coisas boas na frente. Foi um gesto de muito carinho, muita fidelidade com as pessoas que estavam envolvidas. Estou muito confiante para essa decisão. Estou aqui pela possibilidade de fazer história aqui”, definiu.
Jogo mais difícil de 2023
Como não podia ser diferente, André destacou que o confronto diante do Boca Juniors-ARG tem tudo para ser o mais difícil do Fluminense em toda a temporada. Além da tensão de decidir o torneio continental, o volante acredita que os argentinos vão impor muitas dificuldades para o Tricolor.
“Temos fazer as mesmas coisas que vinha fazendo durante a temporada. Não é só porque é uma grande final que vamos ter que mudar tudo. Com relação ao jogo, vai ser uma partida de muita competição. Eles são um time que trabalha muito, marca muito bem, exploram bem os contra-ataques. Tem muita qualidade. Esperamos que seja um time que, quando desce as linhas, marca muito forte. Será o jogo mais difícil da temporada”, analisou.
Estilo de jogo diferente
Se o Fluminense é um time que gosta de ficar com a bola e criar situações de gol com sem catimbar a partida, o mesmo não se pode dizer do Boca Juniors. Os argentinos jogam de uma forma mais defensiva, mas mesmo assim André garante que não sabe como os Xeneizes chegarão para o confronto.
“Não sabemos como a equipe deles vai vir. A equipe deles tem um grande defensor de pênaltis, mas nós temos o Fábio também. Goleiro fora da curva, já venceu várias decisões de pênalti. Nós queremos ganhar no tempo normal, mas nossa equipe está pronta para jogar 90, 120 minutos. Nós treinamos pênaltis há bastante tempo. Não sei se tem equipe que treina mais pênalti do que a gente. Estamos preparados para fazer um bom futebol em todos os minutos”, opinou.
Marcar o gol do título
André não é um jogador acostumado a marcar. Porém, o volante disse que sonha em ser o chamado “herói improvável” na eventual conquista do Fluminense.
“Com certeza. Todo jogador quer fazer gol, quer acabar decidindo. Mas, para mim, qualquer um pode fazer o gol do título. Até o Fábio se quiser. O importante é o título. Eu, particularmente, não ligo muito para questão de fazer gol. Fico feliz por qualquer outro jogador da equipe, mas tomara que apareça um herói improvável (risos)”, brincou.
Final no Maracanã
O Fluminense vai decidir a Copa Libertadores no Maracanã, sua casa. O Tricolor é a primeira equipe que terá a chance de levantar o troféu como mandante, desde que foi instaurada a final em jogo único em 2019. E para o André, isso pode sim ser um diferencial para o Flu.
“Independentemente do estádio que fosse, o Boca compete muito dentro e fora de casa. Jogar no Maracanã será mais um motivo para eles darem a vida. Para nós, aqui dentro, é o melhor estádio possível para nós disputamos. É o nosso estádio. Onde temos um aproveitamento excelente na temporada. Mas para o Boca, é um motivo a mais para entrarem dando a vida”, afirmou.