Internado há 28 dias em um hospital do Rio de Janeiro, Márcio André Nepomuceno Garcia, o M
“Quero agradecer a todos que estão nos ajudando em oração e pedir para continuarmos. Nossas orações tocaram o coração de Deus e ele vai operar mais esse milagre em nome de Jesus”, escreveu Mauro em seu perfil nas redes sociais. O boletim médico mais recente sobre o estado de saúde do artista foi divulgado pelo Hospital Copa D’or no dia 13 deste mês.
“O paciente Márcio André Nepomuceno Garcia, internado no Hospital Copa D’Or desde o dia 27/06/2023, foi submetido a cirurgia para implante de coração artificial. O procedimento foi realizado sem intercorrências. No momento segue estável e em recuperação”, diz o documento.
O quadro de saúde de Marcinho apresentou piora no dia 10 de julho, quando ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser intubado. O caso agravou e o cantor precisou ser colocado em ventilação mecânica e hemodiálise. Dias depois,
Coração artificial
Uma cirurgia para implante de coração artificial pode custar entre R$ 500 mil e R$ 600 mil, conforme explica o professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Renato Bráulio, em entrevista à Itatiaia. Por ser oneroso, este tipo de procedimento não é comum no Brasil. No caso do cantor MC Marcinho,
Marcinho precisou implantar um coração artificial enquanto aguarda um transplante de coração. De acordo com o também coordenador de Transplante Cardíaco do Hospital das Clínicas (HC-UFMG), no caso de Marcinho, a equipe médica deve ter implantado um dispositivo conhecido popularmente como “coração artificial”.
“Foi colocado um dispositivo que se chama CentriMag - que pode ser usado por mais tempo para assistência ventricular. Não é exatamente um coração artificial, mas é um dispositivo que dá assistência para o coração que está doente”, esclarece o médico.
Geralmente, o paciente pode ficar de três a quatro meses com o dispositivo. “Até no primeiro mês, após o dispositivo ser implantado, se coloca a pessoa na fila de prioridade máxima para o transplante cardíaco, porque conseguindo o coração para ela, você transplanta e resolve todo o problema”, completa o médico.
Sobre o coração artificial, propriamente dito, ele é pouco usado no país por causa do preço. “É um dispositivo que chama HeartMate ou Heart Where, que são os dois mais usados do mundo hoje. É um dispositivo intracorpóreo. Você abre e conecta os tubos ao coração, ventrículo esquerdo e a aorta. Esse HeartMate é um dispositivo que fica debaixo da pele próximo ao diafragma. Ele tem um cabo que sai pela pele para que seja carregado a bateria e o paciente anda com a bateria na cintura o tempo todo e, eventualmente, pode até ficar o resto da vida com esse dispositivo sem transplantar”, esclarece.
“É claro que o objetivo ao colocar esses dispositivos é transplantar, mas alguns pacientes que não têm mais indicação para transplante por causa da idade, por causa de doenças específicas, eles ficam com esses dispositivos como terapia de destino, ou seja, para o resto da vida”, completa.