O atacante Caio Suassuna, de 16 anos, vestiu pela primeira vez a camisa do Cruzeiro. Contratado junto ao Náutico, o jogador esteve na Toca da Raposa I nessa terça-feira, onde assinou contrato com o clube celeste.
Caio Suassuna chega de graça à Toca da Raposa. O atleta não tinha vínculo profissional com o Timbu, que manteve apenas 40% dos direitos econômicos do jogador.
Para vencer a concorrência de outros clubes que também estavam no páreo pelo jogador, a diretoria celeste contou, claro, com a parte financeira, tendo auxílio do lado emocional, do “coração” da família do atleta.
“Apareceram algumas propostas, vários clubes vieram atrás do Caio, mas quem agradou foi o Cruzeiro. Além de ser um caso esportivo bom, tem uma relação familiar. O pai do jogador é de Belo Horizonte, torcedor ferrenho do Cruzeiro. Juntou-se o útil ao agradável”, revelou Thiago Paz, empresário do atleta, à Itatiaia.
Caio Suassuna é filho de Antônio Ferreira Júnior, mineiro, que deixou Minas Gerais para morar no Recife na década de 1970.
“Filho, seu pai chegou em Recife, vindo de Minas, em 1976, com 12 anos. Você vai iniciar uma nova etapa na sua vida em Minas Gerais, aos 16 anos. Os nossos destinos, mais uma vez cruzados, não somente pela paixão pelo Náutico e pelo Cruzeiro. A caminhada para a profissionalização é árdua e longa e não se deixe abater pelas dificuldades. Nós estaremos sempre te apoiando na sua escolha. A saudade já está batendo, mas é parte dos desafios impostos. Voe alto, meu amado filho!”, disse Antônio, em postagem de Caio, no Instagram.
Caio Suassuna tem sobrenome importante no Recife. Ele é sobrinho-neto de Ariano Suassuna, um dos mais renomados escritores e dramaturgos do Brasil. Dentre as obras mais conhecidas do escritor está o “Auto da Compadecida”, considerada obra-prima do autor, trabalho adaptado para o cinema e televisão.
Ariano Suassuna faleceu no dia 23 de julho de 2014, e era torcedor do Sport. Apesar da ligação com o Leão, o sobrinho-neto atua no Náutico desde os nove anos.
“O Náutico sempre teve o Caio como um atleta de projeção. Sempre pontuou que gostaria de assinar um contrato profissional. Em comum acordo com a família do atleta e a nossa empresa, achamos por bem dar uma segurada, esperar um pouco (...) a família queria vir (para Belo Horizonte), deixamos sempre claro para o Náutico, que não queríamos prejudicar o clube, queríamos fazer da melhor forma. Essa proposta foi desenhada antes, há mais de dois meses. .”, frisou o empresário.
