O escritor e presidente emérito da Academia Mineira de Letras (AML), morreu aos 85 anos nesta quinta-feira (16). O velório será nesta sexta-feira (17), das 10h às 15h, na sede da AML e o sepultamento será neste sábado, às 09h30, no Cemitério Parque da Colina.
Olavo deixa sua companheira, dois filhos, seis netos um bisneto. Diagnosticado com câncer, o escritor foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Madre Teresa, nesta manhã. Segundo informações, seu estado era grave e já apresentava um quadro irreversível, incluindo falência múltipla de órgãos devido a metástase da doença.
Nascido no dia 06/09/1938, em Morro do Ferro, em Oliveira, região Oeste de Minas, Olavo ensinou Inglês em diversos colégios e Administração na PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais). Em 1979, passou a publicar seus contos mineiros nos jornais Estado de Minas, no Jornal de Casa, nas revistas Globo Rural, Palavra, Cícero, IstoÉ e Veja.
Diversas obras do autor foram adotadas em escolas e tratavam sobre o dialeto, trejeitos e vida no interior de Minas. Confira alguns dos livros de Romano: Casos de Minas, Paz e Terra, SP, 1982, 6a ed.; Minas e seus casos, Ática, SP, 1984 (esgotado); Dedo de prosa e Prosa de mineiro, Lê, 1986 (esgotados); Os mundos daquele tempo, Atual, SP, 1988, 6a ed; Um presente para sempre, Atual, SP, 1990, 14a ed., e Memórias meio misturadas de um jacaré de bom papo, Dimensão, BH, 2002.
“Primeiro, o sentido da academia é confraternizar. É uma reunião de opostos, de tolerância, amizade. O colega de academia é chamado confrade. Não importa o que ele pense, qual o time que ele torce, a sua cor política. A academia é um espaço de tolerância, amizade e fraternidade”, disse Olavo em participação no Congresso das Academias Estaduais de Letras, realizadas em outubro deste ano.
