Um guarda municipal de 43 anos foi preso suspeito de participar da agressão de um idoso, de 65, que teve o corpo queimado e acabou morrendo após ser julgado ‘por engano’ pelo ‘tribunal do crime’. O caso aconteceu em maio deste ano, no bairro Alto Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima estava em um bar na região quando impediu uma criança de 5 anos de entrar no banheiro masculino, com medo de que ela pudesse sofrer algum tipo de abuso. Vendo a situação, a mãe achou que o senhor estava tentando estuprar a menor e partiu para cima do homem.
O guarda, que estava de folga, presenciou a ação e começou a agredir o homem junto da irmã e mãe da criança. Em dado momento, as mulheres deixaram o bar e chamaram dois traficantes da região. Eles foram até o local e também agrediram o idoso e atearam fogo no corpo. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu.
Um dos criminosos, de 21 anos, foi preso pelo envolvimento no crime. No momento da prisão, o investigado confessou o crime e contou aos policiais que está ‘jurado de morte’ após ser participado do homicídio do inocente.
A polícia continua com as investigações para identificar e localizar o segundo traficante, que é conhecido como ‘Ak-47'. A mãe a filha foram identificadas mas, até o momento de fechamento desta matéria, não foram encontradas.
De acordo com o delegado Matheus Moraes, do Departamento de Investigação de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), todos os envolvidos vão responder pelo crime de homicídio.
Posicionamento da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte
“A Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte acompanhou o cumprimento do mandado de prisão por parte da Polícia Civil, efetuado nesta terça-feira, dia 14. Um processo administrativo disciplinar foi instaurado para apurar o envolvimento do servidor no crime. O guarda municipal ingressou na corporação em 2004 e poderá ser exonerado, caso os fatos sejam comprovados.”