A Justiça de Minas Gerais concedeu, durante o feriado do Dia de Finados, um alvará de soltura para um jovem de 23 anos suspeito de matar duas mulheres em menos de 10 dias. Uma das vítimas era a própria tia do autor, que foi morta pouco depois do suspeito ser solto após o primeiro crime.
O suspeito, identificado como Thallys Kevem de Souza Terra, foi preso junto com um comparsa no dia 15 de setembro, após supostamente matar uma mulher de 29 anos em Timóteo, no Vale do Aço. Sâmela Iris Pereira da Silva foi encontrada desacordada na canaleta de uma rodovia da cidade. A vítima estava irreconhecível por conta dos ferimentos do corpo e, apesar de ter parte da cabeça incendiada, ainda respirava. Ela morreu pouco depois.
De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, os dois suspeitos apresentavam sinais de embriaguez, teriam envolvimento com o tráfico e já seriam suspeitos de outros crimes. A dupla foi presa em flagrante.
Soltura e prisão
Thallys ficou preso até o dia 19 de setembro no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) de Ipatinga, sendo beneficiado com a liberdade provisória. Quatro dias após ser solto e nove dias após supostamente cometer o primeiro homicídio, Thallys teria matado a própria tia em um beco no bairro Vila Nova, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Anésia Maria Durães, de 48 anos, foi morta com dois tiros na cabeça na porta da própria casa. Ela chegou a ser levada para o Hospital Risoleta Neves, mas não resistiu.
Os policiais da região apuraram que Thallys estaria tendo desentendimentos da tia por conta da casa em que ela morava, que teria sido adquirida pela vítima junto com o pai do suspeito. Com a morte do pai, o homem passou a exigir que a tia saísse da casa e, no dia do crime, teria chegado ao local afirmando que “entregaria os documentos”. A Itatiaia encontrou no sistema judicial, inclusive, uma ação que cita ameaças feitas por Thallys contra Anézia.
O suspeito foi preso pela polícia no dia 5 de outubro, quase duas semanas após o assassinato da tia. No sábado (3), ele foi novamente beneficiado com um alvará de soltura, deixando o Ceresp de Ipatinga pela segunda vez em menos de dois meses. O motivo para a soltura não foi divulgado.
A Itatiaia entrou em contato com o advogado do suspeito e aguarda retorno. O espaço segue aberto.
